quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Preparatório ANPAD - FEVEREIRO de 2015

Consulte informações sobre o INTENSIVO semi-presencial para fevereiro de 2015:
http://profmilton.blogspot.com.br/2014/12/preparatorio-anpad-intensivo-semi.html

 "A oportunidade é uma deusa desdenhosa, pois não perde tempo com os despreparados." [George S. Clason]

"As dores do aprendizado são infinitamente menores do que as dores do arrependimento." [Flávio Raimundo]


Você em primeiro lugar!
Preparatório ANPAD - Fevereiro de 2015 - Porto Alegre-RS (presencial)

Raciocínio Lógico e Raciocínio Quantitativo
Prof. Milton Araújo

Carga horária: 80 horas




Turmas

1. MANHÃ
Quartas e sextas, das 9 às 11:30h
Vagas: 12.
Início: 19 de novembro
Término: 31/01/2015

2. NOITE
Terças e quintas, das 19 às 21:30h
Vagas: 12.
Início: 18 de novembro
Término: 31/01/2015

3. SÁBADOS
Aos sábados, das 13:30h às 16:15h.
Haverá aulas em alguns domingos (a combinar), das 9:00h às 11:30h
Vagas: 12.
Início: 22 de novembro
Término: 31/01/2015

Opções de Hospedagem (turma de fins de semana)
Nossas turmas de sábados têm, em sua maioria, demanda oriunda do interior do RS (e até mesmo de outros Estados).
Para os finais de semana em que haverá aulas também aos domingos, sugerimos uma alternativa de hospedagem confortável e de baixo custo, através da www.housingrs.com.br, que tem diárias entre R$ 30,00 e R$ 80,00. 
O Instituto Integral oferecerá, para estudantes do Interior do RS, 3 diárias inclusas no valor do curso.
Há três endereços da HousingRS próximos do curso: 
1. Travessa do Carmo, 64.
2.Travessa do Carmos, 180.
3. Av. João Pessoa, 817.

A ANPAD ainda não marcou a data do Teste de fevereiro de 2015.

Assista a uma aula como convidado(a), mas entre em contato previamente (8136-5950) para verificar se há vagas na turma.

Material didático: somente livros digitais (não fornecemos mais materiais impressos).
Para imprimir com baixo custo, consulte as instruções neste link:
http://profmilton.blogspot.com.br/2014/01/livros-digitais-gratuitos-colecao.html

Baixe, gratuitamente, todo o material didático neste link: 
http://www.facebook.com/groups/souintegral/files/


Investimento:
de R$ 1.595,00 por R$ 1.355,00 (por tempo limitado)
(clique no link a seguir para efetuar sua matrícula, com pagamento por cartão)
https://www.hotmart.net.br/

Inscreva-se em nossa Lista Preferencial para ter acesso ao desconto de 50% para matrículas duplas:
http://mga960.klicksite.com.br/pre-anpad-poa-rs/
ou
http://integral.klicksite.com.br/anpad-poa-rs/
(Você poderá conseguir alguém para formar uma dupla em nossa Comunidade no Facebook. Se você não quiser manifestar seu interesse diretamente na Comunidade, envie-me um e-mail que eu coloco os interessados em contato.)

Formas de pagamento:

1) Depósito bancário (somente à vista, com desconto adicional; solicite os dados bancários): de R$ 1.595,00 por R$ 1.287,00 (por tempo limitado).

2) Cartão12 x R$ 128,05 (Hotmart).

3) BoletoR$ 1.355,00 (HotMart).

4) Cheques: 4 x R$ 340,00.
A primeira parcela deverá ser efetuada por depósito bancário, para garantir a vaga. Os 3 cheques do valor restante devem ser entregues no primeiro dia de aula.

Os descontos são válidos por tempo limitado!
Nossas matrículas são feitas por ordem de chegada. A vaga só estará assegurada após a efetivação da matrícula.

Para mais informações: anpad@institutointegral.com.br, ou mga960@gmail.com,
ou entre em contato direto com o Prof. Milton Araújo: (51) 8136-5950


MÓDULO II - Português, Inglês e Raciocínio Analítico

Professora Maria Alayde Melo

Carga horária: 30 horas

Turma Única:

Aos sábados, das 9h às 12h.
Vagas: 12
Início: a definir

Investimento: De R$ 785,00 por R$ 704,00 (à vista).

(A contratação deste módulo é feita diretamente com a responsável, pelo fone 8186-3836)

Endereço do curso:
Av. José Bonifácio, 519, conj. 407
Bairro Farroupilha (em frente ao Parque Redenção)
Porto Alegre-RS
Estacionamento conveniado: Av. Venâncio Aires, ao lado do Bar do Beto (a 1,5 quadra do curso).

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Instituto Integral - 14 anos
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O segredo do (nosso) sucesso

Pela primeira vez, começamos a entender quais são os fatores que levam ao sucesso. Treino tem a ver. Fracasso também. Descubra por que algumas pessoas se dão bem na vida - e veja o que você pode fazer para chegar lá.

por Karin Hueck

Você chega cedo ao trabalho, entrega tudo no prazo, se dá bem com seus colegas e conhece os processos como ninguém. Ainda assim, está há anos no mesmo cargo, fazendo o arroz com feijão de sempre. De repente, chega um novato na área. Ele é jovem, tem as roupas da moda, se deu bem com a chefia e, pior, começou a abocanhar os melhores projetos. Em 6 meses lá está ele, promovido, na vaga que deveria ser sua. Em dois anos, ele virou seu chefe. No fim, você teve de reconhecer o talento do novato e aceitar que você não nasceu para ser chefe. Mas será que é isso mesmo? O que as pessoas bem-sucedidas têm que você não tem? A resposta, dolorida, é: nada. Absolutamente nada. Seu chefe, o dono da empresa, o Kaká, e tantos outros não vieram ao mundo com um sinal gravado nos genes que diga: eu nasci para brilhar. Muito menos têm um talento inato que você não possui. Para desespero dos medíocres da nação, a ciência está descobrindo que todo mundo (e isso inclui você) teria potencial para ser a bolacha mais recheada do pacote. Aqui você vai descobrir como - e o que pode dar errado no meio do caminho.


É difícil se acostumar com a ideia de que nascemos todos com as mesmas chances de brilhar. Principalmente quando olhamos para aquelas pessoas que parecem ter habilidades sobrenaturais - aquelas que fazem você se lembrar diariamente das suas limitações: as crianças prodígios, por exemplo. A maior de todas as crianças prodígios foi Wolfgang Amadeus Mozart (perto dele, a menina Maysa é amadora). Aos 3 anos, o austríaco começou a tocar piano, aos 5 já compunha, aos 6 se apresentava para o rei da Bavária de olhos vendados, aos 12 terminou sua primeira ópera. Há séculos, ele vem sendo citado como prova absoluta de que talento é uma coisa que vem de nascença para alguns escolhidos. Mas parece que não é bem assim. A vocação de Mozart não apareceu do nada. Seu pai era professor de música e desde cedo dedicou sua vida a educar o filho. Quando criança, Mozart passava boa parte dos dias na frente do piano. As primeiras peças que compôs não eram obras-primas - pelo contrário, contêm muitas repetições e melodias que já existiam. Os críticos de música, aliás, consideram que a primeira obra realmente genial que o austríaco escreveu foi um concerto de 1777, quando o músico já tinha 21 anos de idade. Ou seja, apesar de ter começado muito cedo, Mozart só compôs algo digno de gênio depois de 15 anos de treino.

A regra das 10 mil horas 
Quer brilhar muito na vida? Passe 10 mil horas praticando. Pelo menos, foi isso que os grandes especialistas de todas as áreas fizeram.

Os genes não determinam o sucesso. Isso é bom, porque quer dizer que basta você se esforçar para melhorar o seu desempenho. E isso é ruim também, porque você depende apenas do seu suor para chegar lá. Suor, no caso, são 10 mil horas. Entenda aqui o tamanho da encrenca:

O mesmo pode ser observado com talentos das mais diversas áreas. Ronaldo, o Fenômeno, tinha de ser arrancado dos campos de futebol quando criança porque não queria fazer nada que não fosse jogar bola. Os técnicos de Michael Jordan se lembram de que o jogador era sempre o primeiro a chegar aos treinos e o último a ir embora. E mesmo Bill Gates, como bom nerd que era, não fez sua fortuna do nada: quando adolescente, ele passou boa parte da sua (não muito agitada) vida programando computadores enfurnado numa sala da Universidade da Califórnia. Ou seja, mesmo aquelas pessoas bem-sucedidas, que parecem esbanjar talento, ralaram muito antes de chegar lá.

Isso faz todo sentido, se considerarmos a nova maneira como os cientistas têm enxergado a influência dos genes na formação de talentos. Aquilo que costumamos chamar de "talento natural para liderança" ou "aptidão nata para os esportes" parece não ter nenhuma relação com o nosso DNA. "Não há nenhuma evidência de que exista uma causa genética para o sucesso ou o talento de alguém", diz Anders Ericsson, professor de psicologia da Universidade da Flórida que há 20 anos estuda por que algumas pessoas são mais bem-sucedidas do que outras. A questão aí reside no fato de os genes (e sua interação com a nossa vida) serem um assunto tremendamente complexo - que dá pesadelos até nos geneticistas mais gabaritados. Já se sabe, por exemplo, que até mesmo traços diretamente ditados pelo DNA, como a cor dos nossos olhos, são definidos por mais de um gene que se relacionam entre si. O que dizer, então, de atributos mais complexos?

Há alguns anos, o fetiche dos laboratórios tem sido relacionar genes a traços de personalidade ou a propensões para desenvolver distúrbios psiquiátricos. O mais famoso deles é o 5-HTTLPR, que em 2003 virou notícia ao ser chamado de o "gene da depressão". Ele previa uma interação com o ambiente: quem tivesse sofrido um trauma pessoal e carregasse o 5-HTTLPR em seu DNA teria também alta probabilidade de ficar deprimido. Muitos outros estudos foram no embalo dessa descoberta, e logo vieram à luz genes que explicavam a ansiedade, o déficit de atenção, a hiperatividade e até a psicopatia. No ano passado, no entanto, uma série de novos estudos virou essas descobertas de ponta-cabeça. Numa revisão que incluiu todas as pesquisas já feitas sobre o gene da depressão, concluiu-se que era impossível concluir que ele influísse na doença. (Isso, sim, é deprimente.) Já com os outros distúrbios, as descobertas foram ainda mais intrigantes. Os mesmos genes que causariam ansiedade, psicopatia, hiperatividade etc. podiam ter os efeitos opostos dependendo do ambiente em que o portador fosse criado. Ou seja, quem carrega esses genes "malditos", mas não passa por traumas, será muito mais ajustado do que quem não tem essas mutações. E o que se conclui disso tudo? Bem, que os cientistas ainda vão quebrar a cabeça por muito tempo. Se não dá nem pra dizer que existe um gene da depressão, como falar, então, do gene da "habilidade-de-driblar-adversários-e-chutar-a-bola-no-gol"? Ou seja, ainda não há consenso entre os cientistas de que exista talento para futebol (ou pra música ou pra gerir uma empresa). Pelo menos, não um ditado pelo DNA.


99% transpiração

Em 1992, pesquisadores ingleses e alemães resolveram estudar pessoas talentosas para entender o que as diferenciava dos reles mortais. Para isso, investigaram pianistas profissionais e os compararam com pessoas que tinham apenas começado a estudar, mas desistido. (Pianistas são excelentes cobaias porque seu talento é mensurável: ou eles sabem executar a música ou não sabem). O problema foi que os cientistas não conseguiram achar ninguém com habilidades sobrenaturais entre as 257 pessoas investigadas - todos eram igualmente dotados. A única diferença encontrada entre os dois grupos é que os pianistas fracassados tinham passado muito menos tempo estudando do que os bem-sucedidos. Quer dizer, não é que faltou talento para os amadores virarem mestres - faltou dedicação.

Ok, isso não é novidade. Todo mundo sabe que a prática leva à perfeição. A novidade é que, pela primeira vez, cientistas conseguiram medir o tempo necessário de estudo para alguém se destacar internacionalmente em alguma área: 10 mil horas. Foi a esse número que o especialista em sucesso Anders Ericsson chegou depois de observar os grandes talentos das mais diversas áreas. Todo mundo que foi alguém, ele concluiu, do campeão de xadrez Kasparov ao Steve Jobs, ficou esse tempo todo aperfeiçoando seu ofício. E não estamos falando de exercícios leves. O que realmente faz alguém ficar bom em algo é treino duro, dolorido, no limite do executável. No fim das contas, é treino tão difícil que modifica seu cérebro. (Só para constar: estima-se que aos 6 anos Mozart já tivesse estudado piano durante 3 500 horas. Quer dizer, ele não era talentoso, era assustadoramente dedicado.)

É aí que está a chave do sucesso: no cérebro (pra variar). Nosso cérebro é formado por duas partes principais: a massa cinzenta (os neurônios) e a massa branca. Durante muito tempo, acreditamos que a capacidade cerebral estava escondida nos neurônios. Nos últimos 5 anos, no entanto, neurologistas e psiquiatras resolveram estudar a massa branca, que até então era ignorada. O que eles descobriram mudou a maneira de entender as habilidades.

A massa branca é formada principalmente por mielina, um tipo de gordura que envolve os axônios (aquele rabinho comprido que todo neurônio tem). Ela serve de isolante para os impulsos elétricos que percorrem o cérebro. Sempre se soube que a mielina estava distribuída de forma irregular ao redor dos neurônios, mas só agora descobriu-se por quê. Ela é depositada sobre as células nervosas com o intuito de melhorar a condução da eletricidade. A distribuição desigual serve para deixar os impulsos elétricos mais precisos - para chegarem ao mesmo tempo nos neurônios, por exemplo (veja no quadro abaixo). À medida que os impulsos elétricos se tornam precisos, eles coordenam melhor os nossos movimentos e pensamentos. Isso vale para qualquer tipo de ação: de jogar basquete a entender física quântica ou falar em público. "Quando você pratica algo, a mielina se deposita e os sinais entre as sinapses vão ficando mais eficientes. A mielinização leva à perfeição", diz George Bartzokis, professor de psiquiatria da Universidade da Califórnia, maior especialista do assunto no mundo. Esse processo é tão importante que até um bebê recém-nascido só abre os olhos depois que a mielina em seu cérebro se depositou nos lugares certos. Da mesma forma, afirma Bartzokis, um idoso perde sua mobilidade não porque seus músculos se atrofiaram, mas porque a mielina do cérebro decaiu.


Pane no sistema

Para a mielinização ser mais eficiente, é preciso errar muito e sempre. Você já deve ter sentido isso na pele. Quando cai da bicicleta ou leva uma bronca do seu chefe por causa de um relatório malfeito, você vai se esforçar em dobro para o escorregão não acontecer de novo. "Se você sempre repetir aquilo que já sabe, não há evolução. O ideal é falhar tentando algo novo e mais difícil", diz Anders Ericsson. É nessa condição que a mielina é mais eficientemente espalhada pelo cérebro. Os que erram - e treinam mais - são também recompensados. Isso é visível em ressonâncias magnéticas. Músicos, escritores e crianças que tiram nota alta têm muito mais massa branca do que seus pares "comuns". Quem, aliás, era recordista em massa branca era Einstein. Quando o cérebro do físico foi dissecado, notou-se, entre outras coisas, uma quantidade anormal de mielina. "Quem nunca errou nunca fez nada de novo", dizia ele.

Na teoria, a mielina é muito linda: ela recompensa quem se esforça e qualquer um pode ser bem-sucedido. Mas, como tudo na vida, há algumas limitações (ou você acreditava realmente que poderia ser como o Kaká?). O auge da mielinização acontece durante a infância, quando toda forma de atividade é novidade e tem de ser aprendida: de abrir os olhos a usar os talheres. Até os 30 anos, ela continua em alta escala - e é justamente quando se aprendem novas habilidades com facilidade. Até os 50, a mielina ainda pode ser ajustada em direção a um ou outro aprendizado. Depois disso, infelizmente, as perdas são maiores que os ganhos. A mielinização continua, mas para preservar as aptidões já adquiridas. Ou seja, a má notícia é que, se você quisesse ter sido o Kaká, deveria ter começado cedo. Já a boa é que, se você se contenta em apenas melhorar o seu trabalho para ser promovido, há tempo de sobra.

Além da idade, há algumas limitações sérias. Há cérebros mais preparados para mielinizar do que outros. Por exemplo, quem não consegue metabolizar apolipoproteínas já sai perdendo. Elas são proteínas que se ligam às gorduras (o colesterol, principalmente) e têm grande influência na produção de mielina. (Mielina tem muito colesterol. Por isso, se você andava cortando o ovo com medo de problemas cardíacos, pense que isso pode estar emburrecendo você. Não é à toa também que médicos ultimamente têm receitado ovo para pacientes com Alzheimer - ele parece influir nas habilidades do cérebro.) Essa disfunção pode ser detectada numa análise genética, mas, adivinhe só, como tudo que envolve genes, ainda não está esclarecida.


Tem que lutar, não se abater

Se treino é responsável por boa parte do sucesso das pessoas que chegaram ao ponto mais alto do pódio (outros fatores virão), é preciso entender o que as levou a se esforçar tanto. Quem passa 10 mil horas da vida se dedicando a qualquer coisa que seja tem pelo menos uma característica muito ressaltada: o autocontrole. É ele que permite que a pessoa não se lembre que seria muito mais legal dormir ou estar no bar do que trabalhando. O teste do marshmallow, feito na Universidade Stanford na década de 1960, é o melhor exemplo que se tem sobre a ocorrência de autocontrole. Psicólogos ofereciam a crianças um grande marshmallow e davam a elas a opção de comê-lo imediatamente ou esperar um tempinho enquanto os psicólogos saíssem da sala. Se as crianças esperassem, ganhariam de recompensa um segundo marshmallow. Apenas um terço das crianças aguentava esperar, o resto comia o doce afoitamente. (Há um vídeo na internet desse teste feito nos dias de hoje. As imagens das crianças tentando resistir à tentação são de partir o coração.) Depois, os pesquisadores acompanharam o desempenho dessas crianças nas décadas seguintes. Aquelas que haviam esperado pelo segundo doce tinham tirado notas mais altas no vestibular e tinham mais amigos. Depois de anos estudando esse grupo de voluntários, concluiu-se que a capacidade de manter o autocontrole previa com muito mais precisão a ocorrência de sucesso e ajustamento - era mais eficiente do que QI ou condição social, por exemplo. Por isso, tente sempre atrasar as gratificações - passe vontade e não faça sempre o que der na telha: o segredo para o sucesso pode estar aí.

A questão agora é entender por que algumas pessoas abrem mão do prazer imediato em troca do trabalho duro, e por que outras preferem sempre sair mais cedo do escritório. O processo mental, na verdade, é muito simples: para ter autocontrole, é preciso não ficar pensando na tentação e focar naquilo que é realmente importante no momento - por exemplo, terminar o serviço. É possível que esses traços tenham uma origem genética, mas é mais provável que a diferença esteja em outro ponto importante para entender o sucesso: motivação. Quem está motivado para ganhar uma medalha olímpica ou fazer um bom trabalho também abre mão da soneca da tarde com mais facilidade.

Motivação e ambição são um negócio meio misterioso, na verdade. Não funciona para todos da mesma maneira. "A maioria das pessoas sonha com um emprego estável, um salário aceitável, um chefe legal. Nem todo mundo tem ambição e quer crescer o tempo todo", diz Marcelo Ribeiro, professor do departamento de psicologia social e do trabalho da USP. Evolucionariamente, isso também faz todo o sentido. Durante séculos de seleção natural, alguns poucos ambiciosos foram escolhidos para conquistar os melhores pares, os maiores pedaços de comida e os cargos de liderança. Infelizmente, toda essa fartura não pode ir para todos - e a maioria teve de aprender a se satisfazer com o pouco que sobrou.

Dinheiro também não é a solução para todos os problemas. Nem sempre ele funciona como um bom motivador. (Não deixe seu chefe ler isso, se você estiver querendo um aumento.) Num estudo da Universidade Clark, nos EUA, que testava a capacidade de voluntários de resolver problemas de lógica, o dinheiro só atrapalhou. Aqueles que eram recompensados financeiramente para chegar à solução levavam muito mais tempo para resolver o problema. Os outros, sem a pressão do dinheiro, se deram melhor. Em muitos casos, acreditar que você está fazendo algo relevante é mais eficiente para motivação do que um salário mais rechonchudo. Não é à toa, então, que empresas que esperam resultados inovadores têm horários e cobranças flexíveis - para esses funcionários, fazer a diferença e a ilusão de independência valem mais do que ganhar bem. "O desejo de atribuir significado ao nosso trabalho é uma parte inata e inflexível da nossa composição. É pelo fato de sermos animais concentrados no significado que podemos pensar em nos render a uma carreira ajudando a levar água potável à Malaui rural", escreve o filósofo pop francês Alain de Botton, em seu livro Os Prazeres e Desprazeres do Trabalho.


Agulha no palheiro

Christopher Langan e Robert Oppenheimer eram dois americanos de QI sobre-humano (o de Christopher é um dos maiores de que se tem notícia: 195. O QI de Einstein, por exemplo, era 150). Christopher aprendeu a ler sozinho aos 3 anos, aos 15 desenhava retratos tão realistas que pareciam fotografias, aos 16 gabaritou o vestibular e perto dos 20 decidiu dedicar sua vida à física teórica. Já Robert fazia experimentos químicos complexos aos 8 anos de idade, aos 9 já falava grego e latim e aos 22 tinha concluído seu doutorado, com passagens pelas Universidades Harvard e de Cambridge. Os dois, além de gênios, eram esforçados e passaram a juventude enfurnados em livros - alcançaram facilmente a marca das 10 mil horas de estudo. Robert virou um dos físicos mais importantes do século 20 e ficou conhecido como o "pai da bomba atômica", pois liderou o time que desenvolveu a arma durante a 2ª Guerra Mundial. Já Christopher fracassou. Largou a faculdade em pouco mais de um ano. Trabalhou como garçom, operário da construção civil e zelador. Hoje, vive enfurnado em casa, sozinho, tentando elaborar uma teoria geral que explique o Universo inteiro. O que foi que deu errado com Christopher?

É duro dizer, mas sucesso depende também de uma boa quantidade de sorte. Estar na hora e lugar certos é muito importante - às vezes até mais do que as horas de treino. Christopher Langan, por exemplo, nasceu em uma família pobre. Chegou à faculdade porque ganhou uma bolsa de estudo. Mas teve de largar as aulas depois de perdê-la, porque sua mãe, que nunca acompanhou ou incentivou seus estudos, esqueceu-se de renovar o contrato que daria ao filho mais um ano de estudos grátis. Sim, ele deu muito azar. Não por causa da mãe desleixada - mas porque nasceu em uma família desestruturada. Um estudo feito na Universidade do Kansas mostrou que crianças que crescem em classes sociais mais baixas ouvem, em média, 32 milhões de palavras a menos nos primeiros 4 anos de vida do que seus colegas abastados (sim, alguém contou). Além disso, elas são expostas a um vocabulário menos variado e não são incluídas nas conversas "de adulto". Isso pode não ter consequências diretas na inteligência das crianças, mas tem na maneira como elas se relacionam com as pessoas.

Ter habilidade social, aliás, é fator determinante para ser bem-sucedido. E é esse o elemento que foge das estatísticas da ciência. Em áreas em que os mais talentosos são sempre recompensados, como nos esportes ou na música, a regra das 10 mil horas e a importância da persistência fazem sempre sentido. Mas, em ambientes onde a competição é velada, como nos escritórios, o talento pode facilmente ficar em segundo plano - e perder importância para o tête-à-tête, as famosas afinidades. "A personalidade de uma pessoa afeta não só a escolha do trabalho mas, mais importante, quão bem-sucedida ela vai ser na carreira", diz Timothy Judge, especialista em carreira e personalidade da Universidade da Flórida. Timothy revisou 3 estudos longitudinais de personalidade que acompanharam a carreira de mais de 500 pessoas e chegou a conclusões interessantes. Pessoas autoconscientes, racionais e que pensam antes de agir costumam ganhar mais e subir mais cargos. Já quem é extrovertido e emocionalmente estável é mais feliz. Para o pesquisador, depois de anos observando as pesquisas, subir de status pode ser importante, mas o fator mais determinante para o sucesso ainda é sentir-se realizado. "Se a pessoa está infeliz no trabalho, tem de descobrir o que está atrapalhando. Senão o sucesso não vem mesmo."

A fórmula do sucesso

Virados para a lua 
Infelizmente, nem tudo que ronda o sucesso depende só de você. Um tanto de sorte é necessário para se dar bem na vida. Veja dois exemplos em que fatores que fogem do seu alcance podem fazer toda a diferença.

Berços de excelência
Há alguns ambientes em que tudo acontece ao mesmo tempo e surgem grandes oportunidades de sucesso. Foi o caso da Inglaterra nos anos 60, bem no início do rock, quando dezenas de boas bandas, dos Beatles aos Beach Boys, conquistaram o mundo. Ou do Vale do Silício na década de 1980, quando Bill Gates, Steve Jobs e Paul Allen aproveitaram o começo da computação para criar suas empresas e faturar milhões. É questão de sorte, mas procure sempre estar no lugar em que as coisas estão acontecendo.

Dias especiais
O dia do nascimento também pode interferir no sucesso (e não tem nada a ver com horóscopo). É comum que num mesmo ano letivo estudem crianças que nasceram no 1º semestre e outras que nasceram no 2º semestre do ano anterior. As que nasceram no ano anterior, entraram na escola um pouco mais velhas. Essa diferençazinha vira uma grande vantagem quando se trata de crianças pequenas. Os mais velhos terão a coordenação motora e o desenvolvimento intelectual mais adiantados do que os outros.

Fonte: http://super.abril.com.br/

Instituto Integral Editora - 3 anos

Instituto Integral EaD - 2 anos

Instituto Integral - 14 anos

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Instituto Integral - Pesquisas

Prezados,

Para quem estiver disposto e com 3 minutos de disponibilidade, peço a gentileza de responder uma das pesquisas (enquetes), a seguir (aquela na qual você julgar que se enquadra).

Desde já agradeço.

Abraços e Sucesso a todos!
Prof. Milton Araújo.

(1) Instituto Integral: enquete direcionada exclusivamente aos nossos alunos e ex-alunos, que já nos conhecem por haverem frequentado algum dos nossos cursos presenciais.
Caso queira responder esta pesquisa, acesse:
http://pt.surveymonkey.com/s/KW8HDYY.

(2) Teste ANPAD: enquete voltada a todos aqueles que irão prestar ou já prestaram o Teste ANPAD alguma vez.
Caso queira responder esta pesquisa, acesse:
http://pt.surveymonkey.com/s/GTKMDKP.

(3) Concursos Públicos: enquete direcionada ao público em geral, trabalhadores ou estudantes, que prestaram ou pretendem prestar concursos públicos.
Caso queira responder esta pesquisa, acesse:
http://pt.surveymonkey.com/s/CYKFXCY.


Visite a postagem "espelho" no Blog da Editora: 
http://institutointegraleditora.com.br/blog/geral/instituto-integral-pesquisas

Instituto Integral - 14 anos

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Chutando o balde

"Tudo aquilo que o homem ignora, não existe para ele. Por isso, o universo de cada um se resume ao tamanho de seu saber." [Albert Einstein]

"Pior do que não saber é achar que sabe." [Anônimo]

Você se considera um(a) sortudo(a)?

Numa escala de 1 a 10, qual é o seu nível de sorte?

Essas perguntas foram feitas pelo RH da Zappos em uma de suas prospecções por novos funcionários.

Resumidamente, a pesquisa começou pelas perguntas acima. A seguir, entregaram um jornal (fictício) aos candidatos, com a solicitação de que apenas contassem as fotos e figuras nele contidas.

Ocorre que o jornal também tinha texto, mas a maioria dos candidatos ignorou esse fato e limitou-se a cumprir a tarefa imposta, contando rapidamente as fotos.

Justamente no texto estava a resposta. Logo no início, havia uma mensagem que dizia: "Se você está lendo isto, não precisa contar figura alguma! A resposta certa é 37. Chame o examinador agora e entregue-lhe o jornal para ganhar US$ 100.00."

Quantas pessoas você acha que ganharam os US$ 100.00?

POUCAS! Justamente aquelas que disseram que seu nível de sorte era alto.

Conclusão: A sorte não favorece quem não gosta de ler!

Repetindo: "A sorte não favorece quem não gosta de ler!"

Significa dizer que aquele que lê é sortudo... Então, se você quer se tornar um sortudo, comece a ler!

Bem, se você conseguiu ler este post até aqui, pode considerar que o seu nível de sorte, se ainda não é alto, já está melhorando, pois a maioria costuma apenas "lamber" o começo do texto e logo "chutar o balde", achando que nada lhe acrescentará ao que já sabe

Para quem conseguir ler até o final (sem pular parte alguma) está reservada uma surpresa...

T. Karv Eker
No livro Os Segredos da Mente Milionária - T. Harv Ecker -, uma passagem chamou, em especial, minha atenção. 

Logo no começo do livro, ele conta sobre seus infortúnios na vida e o diálogo que teve com um dos amigos de seu pai, um multimilionário, que  lhe diz: "Harv, se você está nesta situação difícil, é porque existe algo que você ainda não sabe. Descubra o que é e mude sua vida!"

Com humildade, ele correu atrás do conhecimento. Descobriu quais eram suas falhas. Parou de achar que já sabia tudo.

Hoje ele é bilionário!

Quantos livros você acha que ele leu? Quantos cursos ele fez?

O brinde prometido
Para você, que teve paciência de ler este post até aqui, sem chutar o balde logo na primeira frase, aqui vai o link para você ter acesso a uma SUPERPROMOÇÃO do nosso curso de Raciocínio Lógico/Quantitativo, reservada apenas para aqueles que gostam de ler e, por isso, nunca perdem as melhores oportunidades:

Viu como ler as coisas com atenção dá lucro?

Parabéns! Você, além de inteligente, é um(a) sortudo(a)!

Abraços e Sucesso!
Prof. Milton Araújo.
Equipe Instituto Integral.
Equipe Instituto Integral EaD.
Equipe Instituto Integral Editora.

Para quem deseja saber mais detalhes da experiência da Zappos, assista a este vídeo: Arata Academy - Zappos: Satisfação garantida
www.institutointegralead.com.br

Pai Rico, Pai Pobre - Robert Kiyosaki

“O resultado mais valioso em toda educação é conseguir que se faça o que devemos fazer, quando isso deve ser feito, queiramos ou não. É a primeira lição a ser aprendida. E mesmo que o treinamento tenha começado muito cedo, provavelmente, na última lição é que se compreenderá tudo”. [Thomas Huxley] 


Estava pronto e preparado para enfrentá-lo. Até meu pai de verdade estava furioso com ele. Meu verdadeiro pai, aquele que chamo de pai pobre, pensou que meu pai rico estava infringindo a legislação sobre trabalho de menores e deveria ser investigado. Meu instruído pai pobre me falou que eu deveria exigir o que merecia. Pelo menos 25 centavos por hora. Falou ainda que se não conseguisse o aumento deveria me demitir imediatamente.
De qualquer maneira você não precisa dessa droga de emprego falou meu pai pobre indignado.
Às 8:00 da manhã de sábado eu estava entrando pela velha porta da casa de Mike.
Sente e espere na fila falou o pai do Mike quando entrei. Ele então se virou e foi para o pequeno escritório que ficava junto de um quarto de dormir.
Olhei em volta e não vi Mike em lugar algum. Achando tudo meio esquisito, sentei perto daquelas duas mulheres, as mesmas que lá estavam três semanas antes. Elas sorriram e me deram um lugar no sofá.
Passaram-se 45 minutos e eu estava possesso. As duas mulheres já tinham falado com ele e saído há meia hora. Um senhor mais velho ficou lá vinte minutos e foi embora.
A casa estava vazia e eu sentado na sala antiquada, escura, numa bela manhã do Havaí, esperando para falar com um avarento explorador de menores. Podia ouvi-lo se movimentando no escritório, falando ao telefone e me ignorando. Queria sair dali, mas por alguma razão fiquei.
Finalmente, quinze minutos depois, exatamente às 9:00, o pai rico apareceu sem dizer palavra e me fez sinal com a mão para entrar no modesto escritório.
Parece que você está querendo um aumento ou vai largar falou pai rico rodando a cadeira giratória.
Bem, o senhor não está cumprindo sua parte do acordo falei quase em prantos. Para um garoto de nove anos era de fato apavorante confrontar um adulto.
O senhor falou que, se eu trabalhasse para o senhor, o senhor ia me ensinar. Eu trabalhei. Dei duro. Larguei meus jogos de beisebol para trabalhar. E o senhor não cumpriu sua palavra. Não me ensinou nada. O senhor é um desonesto, como todo o mundo fala. O senhor é ganancioso. O senhor só quer todo o dinheiro e não se preocupa com seus empregados. O senhor me deixou esperando e não me respeita. Eu sou apenas um garoto e mereço ser tratado melhor.
De sua cadeira giratória, as mãos no queixo, o pai rico me fitava. Parecia que estava me estudando.
É, nada mau falou. Em menos de um mês você já se parece com a maioria dos meus empregados.
O quê? exclamei. Como não entendia o que ele estava falando continuei reclamando. Pensei que o senhor ia cumprir sua parte do acordo e me ensinar. Em lugar disso o senhor quer me torturar? Isso é cruel. Muito cruel.
Estou lhe ensinando falou calmamente o pai rico.
O que o senhor me ensinou? Nada! repliquei furioso. Nem falou comigo depois que eu aceitei trabalhar por uma merreca. Dez centavos por hora. Eu devia denunciar o senhor ao governo. Existem leis sobre o trabalho infantil, o senhor sabe disso. Meu pai trabalha para o governo.
Uau! disse pai rico. Agora você parece com a maioria das pessoas que trabalharam para mim. Pessoas que eu mandei embora ou que se demitiram.
O que o senhor tem a me dizer? questionei, sentindo-me muito corajoso para um moleque. O senhor mentiu para mim. Trabalhei e o senhor não manteve sua palavra. Não me ensinou nada.
E como você sabe que não lhe ensinei nada? perguntou calmamente pai rico.
Bom, o senhor nunca falou comigo. Trabalhei três semanas e o senhor não me ensinou nada disse com cara de zangado.
Ensinar quer dizer falar ou dar uma aula? perguntou pai rico.
Sim, lógico respondi.
É assim que a escola ensina ele disse sorrindo. Mas não é assim que a vida ensina você e eu diria que a vida é o melhor dos mestres. Na maioria das vezes a vida não fala com você. É mais como se ela lhe desse um empurrão. Cada empurrão é a vida dizendo "Acorde. Quero que aprenda alguma coisa". 
"Do que este cara está falando?", pensei com meus botões. "A vida me empurrando era a vida falando comigo?" Agora tinha certeza de que deveria largar o emprego. Eu estava falando com alguém que não regulava bem.
Se você aprender as lições da vida, você vai se dar bem. Se não, a vida vai continuar dando trancos em você. Alguns apenas deixam a vida continuar batendo neles. Outros ficam zangados e batem de volta. Mas eles batem no patrão ou no emprego, no marido ou na mulher. Eles não sabem que é a vida que está batendo.
Eu não tinha a menor idéia do que ele estava falando.
A vida bate em todos nós. Alguns desistem. Outros lutam. Alguns aprendem a lição e seguem em frente. Eles recebem satisfeitos os trancos da vida. Para estes, isso quer dizer que precisam e querem aprender alguma coisa. Eles aprendem e prosseguem em frente. A maioria desiste e uns poucos, como você, lutam.
Pai rico ficou em pé e fechou a velha janela de madeira que precisava de conserto. Continuou:
Se você aprender esta lição, você se tornará um jovem sábio, rico e feliz. Se você não aprender, passará a vida culpando um emprego, um baixo salário ou seu chefe pelos seus problemas. Passará sua vida esperando por um golpe de sorte que resolva seus problemas de dinheiro. 
Pai rico olhou para mim a fim de verificar se eu ainda estava ouvindo. Seus olhos encontraram os meus. Estabeleceu-se uma comunicação entre nossos olhares. Finalmente, me afastei ao perceber que tinha assimilado esta última mensagem. Sabia que ele estava certo. Eu o estava culpando e eu tinha pedido para aprender. Eu estava lutando.
Pai rico continuou:
Se for o tipo de pessoa que não tem garra, desistirá toda vez que a vida bater em você. Se for uma pessoa assim, passará sua vida buscando segurança, fazendo as coisas certas, esperando por algo que nunca vai acontecer. E, então, morrerá como um velho rabugento. Terá um monte de amigos que gostam de você, porque é um cara trabalhador. Você passa a vida na rotina, fazendo as coisas certas. Mas a verdade é que a vida o leva à submissão. No fundo, no fundo, você tem pavor de se arriscar. Queria, na verdade, vencer, mas o medo de perder é maior do que o entusiasmo da vitória. No íntimo, só você saberá que não foi atrás disso. Você escolheu a segurança.
Nossos olhos voltaram a se encontrar. Por dez segundos ficamos nos encarando e só depois que a mensagem foi recebida nossos olhos se afastaram.
O senhor estava "me empurrando"? perguntei.
Algumas pessoas achariam isso sorriu pai rico. Eu diria que apenas lhe mostrei o gostinho da vida.
Que gostinho da vida? respondi ainda zangado, mas agora curioso. Pronto, até, para aprender.
Vocês dois, garotos, foram as primeiras pessoas na vida que me pediram para lhes ensinar a ganhar dinheiro. Tenho mais de 150 empregados e nenhum deles me perguntou o que eu sei sobre dinheiro. Eles me pedem um emprego e um salário, mas nunca que lhes ensine sobre o dinheiro. De modo que a maioria deles passará os melhores anos de suas vidas trabalhando pelo dinheiro, sem entender realmente para que é que eles estão trabalhando.
Eu estava ouvindo atentamente.
Assim, quando Mike falou que você queria aprender como ganhar dinheiro, resolvi planejar um curso que se aproximasse da vida real. Eu poderia falar horas, mas você não escutaria nada. Portanto resolvi deixar que a vida batesse um pouco em você para que pudesse me escutar. E por isso que só pago 10 centavos.
E qual é a lição que aprendi trabalhando por apenas 10 centavos a hora? perguntei. Que você é mesquinho e explora seus empregados?
Pai rico se inclinou para trás e soltou uma gargalhada. Finalmente, quando parou de rir, falou:
E melhor que você mude seu ponto de vista. Pare de me culpar pensando que eu sou o problema. Se você pensa que eu sou o problema, então terá que me modificar. Se perceber que você é o problema, então poderá modificar a si mesmo, aprender alguma coisa e tornar-se mais sábio. A maioria das pessoas quer que todos no mundo mudem, menos elas próprias. Mas eu lhe digo: é mais fácil mudar a si próprio que a todos os demais.
Não entendo falei.
Não me culpe por seus problemas falou pai rico dando sinais de impaciência.
Mas o senhor só me paga 10 centavos.
E então, o que você está aprendendo? perguntou pai rico com um sorriso.
Que o senhor é mesquinho respondi com uma risadinha.
Está vendo, você acha que eu sou o problema retrucou pai rico.
Mas o senhor é.
Bem, continue assim e você não aprenderá nada. Pense que sou o problema, então quais são suas escolhas?
Bem, se o senhor não me pagar mais ou não me respeitar mais e me ensinar, eu largo tudo.
Muito bem disse pai rico. E isso é exatamente o que faz a maioria das pessoas. Elas se demitem e começam a procurar outro emprego, uma oportunidade melhor e um salário mais alto, pensando que um novo emprego ou um salário mais alto resolverão o problema. Não é o que acontece na maioria dos casos.
Então, o que resolve o problema? perguntei. Pegar esses miseráveis 10 centavos por hora e sorrir? Pai rico sorriu.
Isso é o que fazem as outras pessoas. Apenas aceitam o pagamento sabendo que eles e suas famílias lutarão com dificuldades financeiras. Mas é tudo o que fazem, esperando um aumento na ilusão de que mais dinheiro resolverá o problema. A maioria se conforma e alguns procuram um segundo emprego, trabalhando mais, mas continuam aceitando um contracheque ínfimo.
Fiquei olhando para o chão, começando a entender a lição que pai rico estava apresentando. Podia sentir que tinha um gosto de vida. Finalmente, olhei para cima e repeti a pergunta:
Então, o que é que resolve o problema?
Isto disse ele dando-me um ligeiro tapinha na cabeça. Essa coisa que está entre suas orelhas.
Foi nesse momento que pai rico me mostrou o ponto de vista central que o separava de seus empregados e de meu pai pobre e que mais tarde o levou a tornar-se um dos homens mais ricos do Havaí, enquanto meu pai, muito instruído, mas pobre, lutou com problemas financeiros durante toda sua vida.
Era um ponto de vista singular que fez toda a diferença durante uma vida inteira.
Pai rico repetia de vez em quando esse ponto de vista que eu chamo a Lição l.
"Os pobres e a classe média trabalham pelo dinheiro. Os ricos fazem o dinheiro trabalhar para eles."
Naquela bela manhã de sábado eu estava aprendendo um ponto de vista diferente daquele que meu pai pobre me ensinara. Aos nove anos de idade eu percebia que ambos os pais queriam que eu aprendesse. Ambos me incentivavam a estudar... mas não as mesmas coisas.
Meu pai muito instruído recomendava que fizesse o que ele fizera: "Filho quero que você estude muito, que tenha boas notas, para que você possa conseguir um bom emprego, seguro, em uma grande empresa, que lhe traga grandes benefícios". Meu pai rico queria que eu aprendesse como funciona o dinheiro para que eu pudesse colocá-lo a trabalhar para mim. Essas lições eu aprenderia ao longo da vida, sob sua orientação e não na sala de aula.
Meu pai rico continuou a primeira lição:
Fico contente em ver que você se enfureceu por trabalhar por 10 centavos a hora. Se não tivesse se zangado e tivesse aceitado isso satisfeito, teria que lhe dizer que não poderia ensinar nada. Veja, aprender de verdade exige energia, paixão e um desejo ardente. A raiva é uma grande parte desta fórmula, pois a paixão é uma combinação de raiva e amor. No caso do dinheiro, a maioria das pessoas prefere não arriscar e se sentir seguras. Ou seja, não são conduzidas pela paixão, são conduzidas pelo medo.
E por isso que elas aceitam um emprego com salário baixo? perguntei.
Sim respondeu pai rico. Algumas pessoas dizem que eu exploro os empregados porque não pago tanto quanto a usina de açúcar ou o governo. Eu digo que as pessoas exploram a elas mesmas. O medo é delas, não meu. 
Mas o senhor não acha que deveria pagar mais para elas? indaguei.
Não tenho que fazê-lo. E, além disso, mais dinheiro não vai resolver o problema. Veja seu pai. Ele ganha bastante dinheiro e ainda assim não dá conta das despesas. A maioria das pessoas, se receber mais dinheiro, apenas passará a se endividar mais.
Daí os 10 centavos por hora eu disse rindo. E parte da lição.
Certo sorriu pai rico. Você vê, seu pai estudou muito de modo que conseguiu um salário alto. Mas ele ainda tem problemas financeiros porque nunca aprendeu nada sobre dinheiro na escola. E ainda por cima, ele acredita em trabalhar pelo dinheiro.
E o senhor não acredita? perguntei.
Não, de verdade não disse pai rico. Se você quiser aprender a trabalhar pelo dinheiro então fique na escola. E um bom lugar para aprender isso. Mas se você quer aprender como fazer o dinheiro trabalhar para você, então vou lhe ensinar como fazer. Mas só se você quiser aprender.
E todo o mundo não quer aprender isso? indaguei.
Não respondeu pai rico. Simplesmente porque é mais fácil aprender a trabalhar pelo dinheiro, em especial se o medo é a principal emoção quando se trata de discutir dinheiro.
Não estou entendendo retruquei franzindo as sobrancelhas.
Não se preocupe com isso, por enquanto. Saiba apenas que é o medo que faz a maioria das pessoas trabalhar num emprego. O medo de não pagar as contas. O medo de ser mandado embora. O medo de não ter dinheiro suficiente. O medo de começar de novo. Esse é o preço de aprender uma profissão ou habilidade e então trabalhar pelo dinheiro. A maioria das pessoas se torna escrava do dinheiro... e fica zangada com o patrão.
Aprender a pôr o dinheiro a trabalhar para a gente é um tipo de estudo totalmente diferente? perguntei.
Sem dúvida, sem dúvida respondeu pai rico.
Ficamos sentados em silêncio contemplando a bela manhã. Meus amigos deviam estar começando seu jogo de beisebol infantil. E, por alguma razão, agora eu estava feliz de ter decidido trabalhar por 10 centavos a hora. Sentia que estava a ponto de aprender alguma coisa que meus colegas não aprenderiam na escola.
Pronto para aprender? perguntou pai rico.
Sem dúvida respondi com um risinho.
Estou cumprindo minha promessa. Estive ensinando a você de longe falou pai rico. Aos nove anos de idade você teve um gostinho do que é trabalhar pelo dinheiro. Multiplique seu mês passado por quinze anos e você terá uma idéia do que muitas pessoas passam a vida fazendo.
Não entendo falei.
Como você se sentiu esperando na fila para falar comigo? Uma vez para ser contratado e outra para pedir um aumento?
Péssimo disse.
Quando se opta por trabalhar pelo dinheiro, essa é a vida que levam muitas pessoas disse pai rico. E como se sentiu quando a senhora Martin pôs na sua mão 30 centavos por três horas de trabalho?
Achei que não era suficiente. Parecia que não valia nada. Fiquei desapontado respondi.
E assim que a maioria dos empregados se sente quando recebe seus contracheques. Especialmente com todos os descontos de impostos e outros itens. Pelo menos você recebeu 100%.
O senhor está dizendo que a maioria dos empregados não recebe tudo? perguntei espantado.
Claro que não! disse pai rico. O governo sempre tira sua parte antes.
E como é que ele faz? perguntei.
Impostos disse pai rico. Você paga impostos quando ganha. Você paga impostos quando gasta. Você paga impostos quando poupa. Você paga impostos quando morre.
Por que é que as pessoas deixam que o governo faça isso com elas?
Os ricos não deixam disse pai rico com um sorriso. Os pobres e a classe média deixam. Aposto que ganho mais que seu pai e contudo ele paga mais impostos.
E como pode ser? perguntei. Aos nove anos de idade isso não fazia sentido para mim. Por que alguém deixaria o governo fazer isso com ele?
Pai rico ficou sentado em silêncio. Acho que ele queria que eu ouvisse, em lugar de ficar falando besteira.
Finalmente me acalmei. Não tinha gostado do que ouvira. Sabia que meu pai vivia reclamando dos impostos que pagava, mas na verdade não tomava nenhuma atitude quanto a isso. A vida estaria batendo nele?
Pai rico se balançava em sua cadeira tranqüilamente enquanto olhava para mim.
Pronto para aprender? perguntou. Fiz que sim com a cabeça, lentamente.
Como já falei, há muito a aprender. E aprender como se faz o dinheiro trabalhar para a gente é estudo para uma vida inteira. A maioria das pessoas fica quatro anos numa faculdade e aí termina os estudos. Eu sei que meu estudo sobre o dinheiro vai continuar toda minha vida, simplesmente por que quanto mais sei, mais descubro que tenho que aprender ainda. As pessoas em geral nunca estudam o assunto. Trabalha-se, recebe-se o salário, confere-se os canhotos do talão de cheques e isso é tudo. E ainda se espantam porque têm problemas de dinheiro. Então pensam que mais dinheiro vai resolver a situação. Poucos percebem que lhes falta instrução financeira.
Então papai tem dificuldade com os impostos porque ele não entende de dinheiro? perguntei confuso.
Olha disse pai rico. Os impostos são apenas uma pequena parte do aprendizado para fazer o dinheiro trabalhar para você. Hoje, eu só queria descobrir se você ainda tem a paixão de aprender sobre dinheiro. A maioria das pessoas não tem. Elas querem ir para a escola, aprender uma profissão, divertir-se no trabalho e ganhar rios de dinheiro. Um dia acordam com sérios problemas financeiros e então não podem parar de trabalhar. Esse é o preço de só saber como trabalhar pelo dinheiro em lugar de estudar para saber como pôr o dinheiro a trabalhar para você. E então, você continua apaixonado por aprender? perguntou pai rico. Acenei afirmativamente com a cabeça. Bom disse pai rico. Agora de volta ao trabalho. Desta vez não vou lhe pagar nada.
O quê? perguntei espantado.
Você ouviu. Nada. Trabalhará as mesmas três horas no sábado, mas desta vez não receberá os 10 centavos por hora. Você disse que queria aprender a não trabalhar pelo dinheiro, sendo assim não vou pagar nada.
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo.
Já tive esta conversa com o Mike. Ele já está trabalhando, tirando a poeira e arrumando as latas para mim. Melhor você se apressar e correr para lá.
Não é justo gritei. O senhor tem que pagar alguma coisa.
Você disse que queria aprender. Se não aprender isso agora, será como aquelas duas mulheres e o homem que estavam sentados na minha sala: trabalham pelo dinheiro e esperam que eu não os mande embora. Ou como seu pai, ganhando rios de dinheiro apenas para ficar endividado até o pescoço e esperando que mais dinheiro resolva o problema. Se for isso o que você quer, então volte para aqueles 10 centavos a hora. Ou você pode ainda fazer aquilo que muitas pessoas acabam fazendo: reclamar que o salário não é suficiente, demitir-se e procurar outro emprego.
Que é que eu faço? perguntei.
Pai rico deu um tapinha em minha cabeça.
Use isto falou. Se você usar bem, logo estará me agradecendo por ter-lhe dado uma oportunidade de se tornar um homem rico.
Fiquei parado, sem acreditar que eu estivesse embarcando nessa canoa. Queria conseguir um aumento e acabei sendo convencido a trabalhar de graça.
Pai rico voltou a dar um tapinha na minha cabeça e disse:
Use isto. Agora fora daqui, de volta ao trabalho.