terça-feira, 18 de outubro de 2011

Pesquisa aponta crescimento nas atividades de malwares nas redes sociais

De acordo com estudo encomendado pela Websense, cresce também o uso das redes sociais dentro das empresas, mas poucas possuem ferramentas para proteção do conteúdo em tempo real.

Por Redação Administradores, www.administradores.com.br

Programas maliciosos destinados a corromper arquivos e derrubar redes de computador podem estar atuando nas máquinas de sua empresa neste momento. Segundo uma pesquisa recente encomendada pela Websense e realizada pelo Instituto Ponemon, os sistemas corporativos estão se tornando mais vulneráveis por conta de práticas não-seguras na utilização de mídias sociais. E, acredite, ferramentas tradicionais para bloquear o acesso a determinados sites da web podem não ser suficientes para deter a ação dos malwares.

Os resultados revelam uma falha perigosa na segurança corporativa em relação ao uso de ferramentas de mídia social entre funcionários. Dos mais de quatro mil participantes da pesquisa, 63% disseram que, no ambiente de trabalho, as redes sociais representam um risco de segurança, mas apenas 29% acreditam que possuem as ferramentas de segurança necessárias para se protegerem. Mais de 50% dos participantes apontaram um aumento de malware em função da mídia social.

"A web social é dinâmica e exige um sistema de segurança além das tecnologias de rede baseadas em assinaturas e políticas rígidas (como antivírus e firewalls) que, embora necessárias, não são suficientes. Basta imaginarmos, por exemplo, um novo link publicado em uma rede social popular direcionando o usuário a um site que acionará um "plug-in" do navegador, baixará ou encaminhará um programa para roubar dados através de um script ativo oculto. As empresas precisam de uma tecnologia de segurança capaz de analisar os links no momento em que aparecerem, porque o caminho do link é novo e não apresenta uma assinatura ou conteúdo conhecido", informa o comunicado divulgado à imprensa.

É consenso geral que as redes sociais representam uma grande oportunidade comercial para colaborar, reduzir custos e criar processos mais eficientes. As empresas, porém, acreditam que a produtividade caiu e a largura da banda de TI também foi afetada em função das redes sociais. Por outro lado, empresas que bloqueiam os sites de mídia social correm o risco de perder competitividade.

No Brasil
Apesar de a maioria concordar com o potencial das mídias sociais como feramenta para os negócios, 67% dos participantes acreditam que o seu uso pelos funcionários, no local de trabalho, representa uma grande ameaça à empresa. Em contrapartida, Apenas 21% disseram acreditar ter os controles necessários para eliminar ou reduzir os riscos das redes sociais.

A menor produtividade e o aumento no consumo de banda são as duas piores consequências do uso da mídia social no ambiente de trabalho, de acordo com 84% e 75% dos participantes, respectivamente. 69% se preocupam com a perda de informações confidenciais ou com a violação das políticas de confidencialidade, e 57% acreditam que o uso mais amplo da mídia social deve aumentar os ataques de vírus ou malware.

De acordo com 58% dos entrevistados, as infecções por vírus e malware estão aumentando devido ao uso das redes sociais, e 18% não têm certeza. As tecnologias que os participantes consideraram mais importantes para reduzir ou eliminar as ameaças das redes sociais incluem o Gateway Web Seguro, sistemas antivírus/antimalware e soluções de segurança para endpoints.

No local de trabalho, a mídia social é principalmente usada para fins não corporativos. 61% dos participantes dizem que os funcionários passam mais de 30 minutos por dia em atividades não corporativas realizadas em mídias sociais. Por outro lado, 43% acreditam que os funcionários passam mais de 30 minutos por dia usando a mídia social para fins corporativos.

Metodologia
Para a pesquisa, foram entrevistados 4.640 profissionais de TI e de segurança de TI de empresas localizadas na Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, França, Hong Kong, Índia, Itália, México, Reino Unido e Singapura, todos com uma média de dez anos de experiência no mercado, 54% com nível de supervisor ou maior, e 42% de empresas com mais de cinco mil funcionários.

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