quinta-feira, 23 de junho de 2011

Como se comporta a investidora brasileira

Qualidades essencialmente femininas ajudam mulheres a crescerem em um segmento historicamente dominado pelos homens

Por Eber Freitas, www.administradores.com.br

Fonte: http://www.google.com.br/imghp

Não é novidade o aumento da presença feminina em diversos setores do mercado de trabalho. Desde os altos cargos executivos até os operacionais, não há mais atividades onde elas não estejam presentes. E o mercado financeiro não se constitui uma exceção a essa regra. Historicamente dominado por homens, o setor está cedendo cada vez mais aos encantos femininos devido a competências naturais das mulheres.

Citando um estudo recente realizado pelo Barclays Capital, Aline Rabelo, supervisora da Easynvest, explica o motivo dessa vantagem. "As mulheres são pacientes, têm autocontrole, estratégia e disciplina, são abertas a ouvir quando fazem verificação de carteira, estudam melhor o mercado, o que ela vai fazer, qual a empresa da qual está se tornando sócia. Elas são mais cautelosas pra investir; se ela fez uma análise incorreta de investimento, aprende com os erros", afirma. Para ela, o sexo masculino tem excesso de confiança e assume riscos em excesso, o que pode dificultar as estratégias de investimento.

"As mulheres não investem em modelos de negócio que não entendem, buscam conhecer a empresa, e isso é muito importante para conhecer o ativo", enfatiza Rabelo. Isso implica em resultados melhores para as mulheres: o desempenho delas no mercado financeiro é 1,4% maior ao ano do que o dos homens.

A supervisora revela que no mercado financeiro como um todo, 46% das mulheres tẽm algum tipo de investimento. Já no mercado acionário as mulheres representam 25%. "Nos últimos 8 anos, o número de investidoras cresceu 10 vezes número inicial; parte desse crescimento está atrelado às ações da bolsa em pulverizar e diversificar os negócios", explica. Para explicar esse crescimento, Rabelo lembra que atualmente as mulheres estão mais preparadas e o mercado está bem mais acessível e aberto do que em outros tempos.

"Elas estão cada vez mais independentes, conquistaram mais espaços no mercado de trabalho, têm independência nas decisões pessoais e familiares, então aprenderam a deixar o dinheiro trabalhar por elas", diz.

Mas como nada no mundo é estático, pro que os homens não poderiam assumir competências naturais das mulheres para se dar bem no mercado financeiro? "Nada impede que homens desenvolvam essas qualidades, conforme vão aprendendo com os investimentos. Quando você parte do pressuposto de que as pessoas são racionais na hora de investir então é possível você desenvolver essas características; ao longo do período dos investimentos, você aprende muito, não são competências exclusivas", finaliza.

Siga os posts do Administradores no Twitter: @admnews.
Siga o Prof. Milton Araújo no Twitter: @Milton_A_Araujo