quinta-feira, 28 de abril de 2011

Internet e redes sociais são preferidas na busca de informações sobre carreiras

Avaliação consta em uma pesquisa da empresa de recrutamento de executivos Michael Page com pessoas de todas faixas etárias

Infomoney

Na busca por informações de carreira e por empregos, a internet e as redes sociais são as mídias mais usadas. A avaliação consta em uma pesquisa da empresa especializada em recrutamento de executivos Michael Page, que contou com mais de 500 respostas de diferentes faixas etárias.

O diretor de Marketing do grupo Michael Page para América Latina, Sergio Sabino, lembra que a pesquisa identifica uma tendência verificada em vários segmentos da economia – a informatização e a busca por informação com interatividade e de forma prática. “A grande surpresa mesmo é que essas ferramentas predominam entre todas as faixas etárias, o que mostra que mesmo os profissionais com idade acima dos 35 anos se adaptaram à nova cultura digital”, explica Sabino.

Pesquisa
Na faixa etária entre 19 e 25 anos, os sites têm 32% e as redes sociais 31% das lembranças na pergunta “Quais mídias você utiliza para se informar sobre sua carreira?”. A TV fica com 2% e as revistas, com 21%.

Entre os ouvidos com idade entre 26 e 30 anos, redes sociais e internet continuam com fatias acima de 30% das respostas. Já entre os que têm de 31 a 35 anos, as revistas ganham um pouco de espaço quando o assunto é informação sobre carreira: chegaram a 24% das respostas. Mesmo assim, sites e redes sociais ocupam mais de 30% das lembranças.

O grande destaque mesmo é a avaliação entre pessoas com idade de 36 a 40 anos, em que sites e redes sociais alcançaram nada menos de 39% das respostas (cada item). Mesmo entre os profissionais com mais de 40 anos, redes sociais e sites lideram, mas aí com um percentual mais baixo (menos de 25% das lembranças cada).

Veículos

A avaliação de Sabino é que as redes sociais e os sites, embora cada vez mais usados, não determinarão o fim de outras mídias como fonte de informação sobre o assunto.

“Todos os veículos de informação estão reinventando seus papéis. A mídia impressa, por exemplo, ainda tem um papel muito forte na oferta de informações mais elaboradas, que demandem um aprofundamento maior. Há espaço para todos veículos com diferentes propostas”, defende Sabino.

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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Things you didn't do (Leo Buscaglia) - traduzido

“There was a girl who gave me (Leo Buscaglia) a poem, and she gave me permission to share it with you, and I want to do that because it explains about putting off and putting off and putting off - especially putting off caring about people we really love.  She wants to remain anonymous, but she calls the poem, ‘Things you didn’t do’ and she says this: 
 
Remember the day I borrowed your brand new car and I dented it?
I thought you'd kill me, but you didn't.

And remember the time I dragged you to the beach, and you said it would rain, and it did?
I thought you'd say, "I told you so."  But you didn't.

Do you remember the time I flirted with all the guys to make you jealous, and you were?
I thought you'd leave me, but you didn't.

Do you remember the time I spilled strawberry pie all over your car rug?
I thought you'd hit me, but you didn't.

And remember the time I forgot to tell you the dance was formal and you showed up in jeans?
I thought you'd drop me, but you didn't.

Yes, there were lots of things you didn't do,
But you put up with me, and you loved me, and you protected me.

There were lots of things I wanted to make up to you when you returned from Viet Nam.

But you didn't.

Leo Buscaglia

Watch video: http://www.youtube.com/watch?v=eHCXsKkY2Xo
__________________

Tradução (*):

"As coisas que você não fez"

“Houve uma menina que me deu (Leo Buscaglia) um poema, e ela me deu permissão para compartilhar com vocês, e eu quero fazer isso porque ele explica sobre adiar, adiar e adiar - especialmente adiar a preocupação com pessoas que realmente amamos. Ela quer permanecer anônima, e chama o poema de ‘As coisas que você não fez’, e diz o seguinte":

Você se lembra do dia em que você me emprestou o seu carro novo e eu bati?
Eu achei que você ia me matar, mas você não o fez.

E você se lembra do dia em que eu o arrastei até a praia, e você disse que ia chover; e choveu?
Eu achei que você ia dizer: "Eu bem que avisei". Mas você não o fez.

Você se lembra de quando eu flertava com todos os caras para te fazer ciúmes, e você ficou enciumado?
Eu achei que você ia me deixar, mas você não o fez.

Você se lembra de quando eu derramei torta de morango por todo o tapete do carro?
Eu achei que você ia me bater, mas você não o fez.

E você se lembra de quando eu me esqueci de te dizer que a dança era formal e você apareceu de jeans?
Eu achei que você ia me deixar, mas você não o fez.

Sim, houve um monte de coisas que você não fez,
Mas você me aturou, você me amou, você me protegeu.

Havia muitas coisas que eu queria fazer com você, quando você voltasse do Vietnã.

Mas você não voltou...

Leo Buscaglia
____________
(*) Milton Araújo

Leia também: Alguns poemas

terça-feira, 26 de abril de 2011

Brasileiro enxerga cada vez mais oportunidades de negócios

Para cada empresário que inicia um empreendimento por necessidade, dois abrem o negócio por vislumbrar uma oportunidade no mercado brasileiro 
 
Por Mariana Flores, Agência Sebrae

O crescimento da atividade empreendedora no país não é apenas quantitativo, mas principalmente qualitativo. A pesquisa, divulgada pelo Sebrae nesta terça-feira (26), em São Paulo, mostra que para cada negócio aberto por necessidade – motivado, por exemplo, pelo desemprego – pouco mais de dois foram iniciados porque os empresários enxergaram uma oportunidade no mercado.

A proporção entre oportunidade e necessidade, de 2,1, é praticamente a mesma da média dos 60 países pesquisados, de 2,2. Nos países mais desenvolvidos economicamente, porém, a razão é superior à dos demais países. Nos Estados Unidos, por exemplo, a relação é de 2,4, e na Islândia a proporção sobe para 11,2.

O índice brasileiro é o maior já registrado desde que o país começou a participar da pesquisa, no ano 2000. Em 2002, o empreendedorismo por necessidade superava o por oportunidade – para cada empreendedor por necessidade havia 0,7 por oportunidade. A relação se inverteu em 2003, mas somente em 2010 o Brasil passou a ter mais de dois empreendedores por oportunidade para cada um por necessidade. Em 2009, a relação era de 1,6.

Essa evolução mostra a vocação empreendedora do brasileiro, uma vez que a abertura por necessidade é feita como única opção, ou seja, pela falta de melhores alternativas profissionais. O aumento da geração de emprego em 2010 contribuiu para a redução do empreendedorismo por necessidade. Além disso, o empreendedorismo por oportunidade aumenta quando a economia fica estável e quando melhoram os níveis de escolaridade e renda.

"O ambiente econômico atual do Brasil favorece o surgimento de novas oportunidades aos micro e pequenos empresários, que precisam se preparar para enfrentar os desafios que virão", afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. "Neste cenário, o Sebrae terá papel fundamental para auxiliar os empreendedores na identificação de oportunidades e na preparação para enfrentar os desafios da concorrência, com foco principalmente na inovação", completa.

A Pesquisa GEM 2010 identificou que apenas 16,8% dos empreendedores brasileiros consideram o produto ou serviço que oferecem novo para os consumidores, o que faz do fomento à inovação o principal desafio para que esses empreendedores possam se desenvolver e ampliar seu mercado.

Esta é a 11ª vez que o Brasil participa da pesquisa GEM, maior estudo contínuo sobre a dinâmica empreendedora do mundo. Desde sua primeira edição, em 1999, mais de 80 países já participaram da pesquisa, sendo apenas 13 por mais de 10 anos seguidos. E pelo décimo ano seguido, o Sebrae é parceiro na realização da pesquisa no Brasil.

Comércio varejista é o que oferece mais oportunidades
O comércio é a atividade em que mais se investe por se enxergar uma chance de sucesso. De cada 100 empresários que abrem negócios por oportunidade no país, 25% se tornam varejistas. As outras áreas mais demandadas são as de alimentação e hospedagem (15%), as atividades imobiliárias (13%) e a indústria de transformação (10%).

Entre os que empreendem por necessidade, o comércio continua liderando, com 26% da preferência. Em seguida, aparecem as empresas de alojamento e alimentação (21%), a indústria de transformação (11%) e as atividades imobiliárias (9%).

Perfil dos empreendedores por oportunidade
A proporção dos que surgem por oportunidade cresce quanto maior a escolaridade e a renda média dos empresários. Entre os profissionais que estudaram mais de 11 anos ao longo da vida, por exemplo, a relação sobe para 4,6. No outro extremo, há mais empresários por necessidade entre os que estudaram menos de quatro anos - a razão é de um empresário por necessidade para cada um que empreende por oportunidade. Entre os que estudaram de cinco a 11 anos a taxa é de 2,2.

Para cada empresário que empreende por necessidade quatro empreendem por oportunidade, se a renda familiar é superior a seis salários mínimos. Se o rendimento varia de três a seis salários mínimos, a relação cai para 3,5 por oportunidade para cada um por necessidade. Entre os que ganham menos, até três salários mínimos, a relação cai para 1,3.

Os mais jovens vislumbram mais oportunidades. A taxa entre oportunidade e necessidade é de 3,4 entre os brasileiros que têm entre 25 e 34 anos e de 2,9 para quem tem entre 35 e 44 anos. A relação cai para 1,2 para quem tem acima de 45 anos. Entre os muito jovens, com idade entre 18 e 24 anos, a proporção é de um empreendedor por necessidade para cada 1,7 por oportunidade.

Entre os empresários que apontam a oportunidade como razão de terem entrado no mundo dos negócios, 43% o fizeram pela busca de maior independência na vida profissional, 35% pelo aumento da renda pessoal, 18% para manutenção de sua renda pessoal e o restante citou outros motivos.

A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, a GEM 2010, é o maior estudo independente sobre a atividade empreendedora, cobrindo 60 países consorciados. É coordenada pelo Global Entrepreneurship Research Association (Gera) – organização composta e dirigida pela London Business School, na Inglaterra, pelo Babson College, dos Estados Unidos, e pela Universidad Del Desarrollo, do Chile, e por representantes dos países participantes do estudo.

No Brasil, a pesquisa é feita pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade e pelo Sebrae, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no Paraná (Senai/PR), o Serviço Social da Indústria no Paraná (Sesi/PR) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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Tony Hsieh: o empreendedor que fez da felicidade um bom negócio

Fundador e CEO da Zappos.com, a empresa que mais vende sapatos pela internet no mundo, ele se transformou em referência de empreendedorismo quando apostou em um novo enfoque para a cultura da sua empresa

Revista Administradores

"A felicidade, quanto mais se divide, mais você multiplica". Apesar de a frase parecer ter saído de um conto de fadas ou estória da carochinha, é na verdade a base de uma importante ferramenta de negócio que está revolucionando o mercado e transformando o norte-americano Tony Hsieh num visionário. Ele teve a coragem de inovar fazendo da felicidade um dos alicerces para administrar sua empresa.

Fundador e CEO da Zappos.com, a empresa que mais vende sapatos pela internet no mundo e chega a faturar 1 bilhão de dólares por ano, Tony se transformou em referência de empreendedorismo quando apostou em um novo enfoque para a cultura da sua empresa: buscar a felicidade para gerar lucros.

Essa postura resultou na satisfação de seus clientes e funcionários, gerando mais receita em menos tempo. Uma fórmula simples, que é tratada com paixão por todos da sua equipe e vem despertando a curiosidade do mundo dos negócios pelos resultados efetivamente alcançados. Em entrevista à Revista Administradores, Tony contou um pouco das suas decisões na carreira e o segredo que o fez tornar-se um bilionário ainda bem jovem.

Você sempre apresentou um espírito empreendedor e buscou levar criatividade em tudo o que faz. O que leva você a ser tão criativo?
Para mim, conhecer muitas pessoas diferentes de diversas origens sempre me dá novas perspectivas e percepções que eu acho que ajudam a me tornar mais criativo. As perspectivas você pode obter em determinado desafio, a criatividade você pode conseguir enfrentando esse desafio.

Você costuma dizer que a paixão é muito importante para fazer negócios. Por quê?
Nos negócios, a paixão é o que ajudará nos tempos difíceis. Também, essa paixão irá motivar seus funcionários, que afetarão seus clientes e colegas de trabalho.

Seus pais são originalmente de Taiwan. Houve alguma lição especial que eles ensinavam e que ajudou a se tornar esse empresário bem sucedido?
Acho que uma das lições mais importantes que eu aprendi deles foi não ter medo.

Em seu livro "Satisfação garantida" você indica que trabalhar com felicidade é um bom negócio. Mas o que é sucesso para você? O que é felicidade para você?
Para mim, a definição de sucesso é você estar verdadeiramente bem, mesmo perdendo tudo o que possui.

    Reprodução    
       
    Capa do livro "Satisfação Garantida", de Tony Hsieh    

Quando você vendeu a LinkExchange para a Microsoft, a empresa ofereceu um bom salário para continuar mais 12 meses. Porém, em seu livro, você diz ter perdido a felicidade em trabalhar ali e saiu antes desse prazo. Você se arrepende de deixar a Microsoft e desistir dos oito milhões de dólares?
Em geral, eu costumo me arrepender de coisas que eu não fiz, não de coisas que eu fiz e que não deram certo.

Você assumiu um grande risco ao colocar quase todos os seus fundos pessoais em Zappos quando a empresa estava passando por problemas. Como você decidiu que deveria assumir esse grande risco e até onde poderia ir com ele?
Para mim, isso apenas veio por realmente acreditar no futuro de Zappos e por saber que tínhamos o time certo para fazer isso acontecer. Também, o pior cenário nunca foi tão ruim assim. Eu nunca estive em risco de fome ou de ser sem-abrigo .

A Zappos ficou conhecida pelo atendimento exemplar ao consumidor. O que desencadeou você a procurar o melhor atendimento e satisfação do cliente como um dos valores fundamentais da Zappos?
Eu sempre fui apaixonado pelo serviço ao cliente como um consumidor. Ao longo do tempo, percebemos que o melhor serviço que oferecemos para nossos clientes na Zappos é o mais leal atendimento, que cresceu bastante através do boca a boca.

    Divulgação    
       
    Equipe da Zappos    

A Zappos não parece investir muito no marketing tradicional. O que a equipe de marketing faz para ajudar a construir a marca, então?
Nós temos um departamento de marketing direto on-line, assim como um departamento de marketing da marca, que é focada principalmente em marketing off-line. Entretanto, a maioria do dinheiro que teríamos gasto em publicidade ou marketing pago, investimos no atendimento ao cliente.

Como você instrui seus funcionários do call center para manter um bom espírito de serviço ao cliente sem sacrificar seus equilíbrios emocionais?
Como com muitas coisas na Zappos, nós falamos para nossos funcionários para serem simplesmente reais e usarem suas melhores opiniões.

Por que você acredita que a cultura da empresa é tão importante?
Para qualquer empresa que quer construir sua marca em torno de fornecer um excelente serviço, a cultura vai fazer uma enorme diferença. É difícil providenciar um ótimo serviço onde os funcionários estão infelizes.

Empresas tradicionais de comércio eletrônico tendem a se concentrar em transações de baixo preço e são considerados impessoais nos negócios. No entanto, você foi capaz de respirar um elemento humano no comércio eletrônico, o que não é típico. Como você chegou até essa abordagem?
Descobrimos que os clientes que estão focados apenas em preços baixos não eram mais leais em relação aos concorrentes que ofereciam esses preços.

A Zappos tenta contratar apenas pessoas que cabem na cultura dela. Como você encoraja a diversidade se a força de trabalho é homogênea?
Para nós, a diversidade é encapsulada nos nossos valores fundamentais que definem nossos valores fundamentais. Por exemplo, sendo 'mente aberta', 'humilde' e 'perseguidor do crescimento e aprendizado' tudo aponta para abraçar a diversidade.

Os ideais em que você acredita são o melhor caminho para ter funcionários vivendo entre os valores fundamentais nas empresas?
O caminho mais fácil é simplesmente contratar funcionários cujos valores pessoais já se encaixem com os valores fundamentais da organização. Então você não tem que treiná-los a viver num conjunto de valores diferentes.

É muito surpreendente que a Zappos fornece importantes informações de valores aos fornecedores. Alguém poderia pensar que informações sobre vendas é a melhor arma que um varejista pode ter. Você estava nervoso em desistir dessa arma?
Um dos nossos valores fundamentais é "Construir relações abertas e honestas com a comunicação". Nossa maior força é nossa cultura e valores fundamentais e assim fornecer as informações aos nossos fornecedores era mais consistente com nossos valores fundamentais do que não fazê-lo.

Mesmo quando a crise atingiu o comércio eletrônico em 2008, Zappos conseguiu atingir 1 bilhão de dólares em vendas de produtos negociados em 2009. Existia alguma nova estratégia ou abordagem para Zappos durante esse período?
Não, nós continuamos a crescer por causa dos investimentos que nós tínhamos feito em atendimento ao cliente antes de 2008. Não por causa de nada que nós fizemos de diferente em 2008 ou 2009.

Você é um grande fã de redes sociais, como Twitter e Facebook. Inclusive, incentiva funcionários ao uso dessas ferramentas. Como as empresas devem alterar ou corrigir as suas estratégias de mídia social, a fim de ajustar-se à mudança da relação entre os consumidores, marca corporativa, comunicações e essa rápida mudança de ambiente?
Seja com Twitter, Facebook ou qualquer coisa do tipo, a próxima coisa é: o caminho mais fácil de lidar com tudo é apenas encorajar funcionários para serem reais e usar seus melhores julgamentos.

Como um empreendedor e empresário, qual a melhor lição que você aprendeu e qual o pior erro que cometeu?
A maior parte dos erros tem sido com a contratação. Se somarmos os custos de todas as más contratações que fizemos na Zappos e as decisões ruins, isso custou à empresa mais de 100 milhões de dólares.

Onde você se vê daqui a 10 anos?
Eu geralmente não planejo ou penso no que vem pela frente, porque as coisas nunca saem do jeito que você acha que elas serão. A vida é cheia de surpresas e meu objetivo é aproveitar o máximo possível.

A entrevista com Tony Hsieh foi publicada na revista Administradores nº 2.

Marketing digital para pequenas e micro empresas

Grandes companhias estão alocando verbas cada vez maiores à medida que as ferramentas e estratégias estão se tornando populares e consistentes


Por Geraldo Franca, www.administradores.com.br

Estudos indicam que os investimentos publicitários na internet devem crescer este ano e nos próximos. Grandes empresas estão alocando verbas cada vez maiores à medida que as ferramentas e estratégias estão se tornando populares e consistentes.

Mas como as pequenas empresas ou com verbas modestas podem melhorar sua presença digital para também aproveitar as oportunidades que as novas mídias trazem para os negócios? Aqui reúno algumas informações e incentivo às pequenas empresas (seus proprietários e funcionários) para tirarem o máximo proveito das ferramentas digitais.

Comece devagar - De nada adianta colocar todas as fichas para anunciar na internet sem um profundo conhecimento dos hábitos de seu público alvo e se o meio digital é o mais adequando para falar com esse público. Colocar "a carroça na frente dos bois" apenas para seguir a onda pode fazer sua empresa perder dinheiro.

Mensure - Mesmo que o investimento seja modesto e sua empresa não tenha recursos para investir em ferramentas de medição caras compradas de grandes institutos, é possível começar pequeno, utilizando ferramentas do Google, relatórios de visitas de seu site ou blog. Para melhorar a análise, quanto mais integradas forem as ferramentas, melhor. Saiba quem e como se comporta o público que entra em contato com você ao mesmo tempo em que têm em mãos os meios onde ele está interagindo para melhorar a presença digital de sua marca.

Monitore
- Saiba o que estão falando de sua empresa, mercado e concorrentes. Sua empresa deve estar atenta para atender as solicitações, dúvidas e reclamações em tempo real. Além do que, monitorar trás dados que podem ajudar a empresa a melhorar e até produzir produtos através de sugestões dos consumidores.

Segmente as pessoas e as ferramentas - Para cada etapa do processo de compra, quando se tem um conhecimento dos hábitos do seu público, deve-se utilizar estratégias e ferramenta que vão ao encontro aos hábitos do público alvo. O consumidor precisa ter suporte da empresa desde a compra até o pós-venda e as ferramentas que sua marca usa em cada uma dessas etapas garantem o sucesso dessa interação.

Atualize-se - É comum entrar em perfis de empresas e perceber que estão publicando assuntos da semana passada. Nas redes sociais os consumidores querem respostas e conteúdo atualizado e em sintonia com discussões e debates atuais dos quais gosta de participar.

Não fale somente da marca - Publique conteúdo interessante para seu público alvo e mercado em geral, mostre através de vídeos, artigos, apresentações, cursos online, Formspring (FAQ), que sua empresa tem capacidade de, além de produzir um ótimo produto, colaborar com o enriquecimento do conhecimento de todos os envolvidos.

Integre as equipes e dê respostas ao consumidor
- Muitas reclamações que surgem na internet ocorrem porque o consumidor foi mal atendido em outros canais de contato com empresa. Por isso, integre sua equipe para que nenhum cliente fique sem resposta ou que qualquer comentário na rede tome proporções absurdas por falta de ação de sua equipe.

Treine sua equipe
- Quando se fala em cursos as empresas já pensam em custo, mas a quantidade de material online sobre as mais diversas ferramentas é enorme. Apresentações, vídeos e tutoriais possuem um rico material para você e seus funcionários treinarem para melhorar cada vez mais a interação com o público na internet. Isso não quer dizer que todos sairão programando e criando layouts para a web - para isso contrate profissionais - mas sua equipe conhecer o processo e o básico do uso dessas ferramentas é importante para o sucesso da campanha.

Não acredite na "morte" das ferramentas
- Muitas pessoas decretam a morte de algumas ferramentas, como e-mail marketing, Orkut e até mesmo o blog. Independente das mudanças ocorridas com o surgimento de novas redes sociais e sites, sua empresa deverá conhecer o público alvo, onde ele interage para fazer suas campanhas. Essas ferramentas citadas podem sim fazer a diferença em uma campanha, não de forma isolada, mas como apoio, caso sejam pertinentes para seu público, conteúdo e etapa de implantação do projeto.

As empresas que querem ter sucesso nas estratégias digitais têm muitos desafios e um longo caminho pela frente. Por isso, é importante aperfeiçoar as equipes para atender o consumidor que passa cada vez mais tempo na internet e quer ter suas necessidades atendidas também no meio digital.

Geraldo Franca - é analista de marketing da dBrain, agência especializada em marketing de canais.
 

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Facebook: como deixar a fanpage da sua empresa mais atrativa?

Mostre para os seus curtidores o que você tem a oferecer. Porém, não os encha com muitos (e somente) produtos

Por Redação, www.administradores.com.br


Com o crescimento do Facebook no Brasil, tem crescido o número de empresas que se utilizam da rede para oferecer a seus clientes (os já conquistados e os em potencial) mais um canal de comunicação. Pensando nelas, a especialista Marilia Maciel, da DigiPronto, elaborou um guia rápido com dicas importantes para tornar a fanpage mais atrativa. Confira abaixo.

Updates sobre os seus produtos


Se você cria uma fanpage é porque quer falar sobre o seu produto/serviço, certo? Então, faça! Mostre para os seus curtidores o que você tem a oferecer. Porém, não os encha com muitos (e somente) produtos.

Pergunte

Fazer perguntas sobre os assuntos que estejam relacionados com seus serviços é sempre uma boa tática para criar um diálogo com o consumidor e emplacar sua marca de modo sutil, sem pressionar ninguém e nem fazer publicidade forçada. Essa é uma ótima maneira de quebrar o gelo, já que o foco das mídias sociais é a interatividade.

Questione, responda, levante discussões acaloradas, desperte a curiosidade dos seus curtidores e a afinidade deles com sua marca também. Nada melhor do que criar um diálogo. Afinal, toda relação duradoura é baseada em uma boa conversa!

Seja divertido

Pense um pouco: você gosta de estar perto daquele tipo de pessoa que é séria o tempo todo e que mal deixa despontar um sorrisinho? Ninguém gosta. Portanto, você não deve deixar que sua marca seja assim também.

Não estamos aqui questionando a seriedade do seu nome. O que queremos dizer é que até mesmo as marcas mais sérias têm que demonstrar um lado cativante e divertido. Sorriso cativa. Por isso, faça sorrir. Seja simpático. Crie conteúdo divertido, irreverente. Seja acolhedor.

Faça da sua fanpage um lugar em que as pessoas irão para se descontrair, para esquecer os problemas do trabalho, da escola, de casa. Um lugar de escape. Assim, mais tranquilas e de bom humor, elas estarão mais receptíveis ao conteúdo sobre seus produtos.

Nada de preguiça


Nosso toque final é para lembrar que, apesar de prática, essa história de integrar Facebook com Twitter não pega nada bem para a imagem da sua marca.

Isso mostra preguiça! Mostra que você não está preocupado em abastecer aquela página com conteúdo próprio para aquele público.

Leia também: http://www.mestreseo.com.br/facebook/facebook-fan-pages-crie-pagina-facebook

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domingo, 24 de abril de 2011

Vantagens de uma empresa 2.0

Pesquisa empreendida no ano passado pela consultoria norte-americana McKinsey revelou que as empresas estão mais conectadas do que se imaginava

Por Fabio Dal Colletto Administradores.com.br

Independentemente do setor de atuação, existe um perfil de empresa que vem se destacando cada vez mais no meio da concorrência: a empresa 2.0. Para absorver melhor essa característica é preciso entender o que as tecnologias da web 2.0 têm proporcionado em termos de comunicação interna e com o mercado.

Seja o que for, os resultados são bons. Pesquisa empreendida no ano passado pela consultoria norte-americana McKinsey revelou que as empresas estão mais conectadas do que se imaginava e que, com o uso mais ordenado das tecnologias colaborativas, têm aumentado suas margens de lucro e suas fatias de mercado (market share).

À parte organizações que simplesmente não se sentem totalmente confortáveis com as novas formas tecnológicas de comunicação e preferem manter uma gestão tradicional, a maioria das empresas que investe na web 2.0 o faz por dois motivos: o primeiro é estimular maior participação dos colaboradores, capacitá-los a tomar decisões e resolver problemas mais rapidamente; o segundo é criar um canal de comunicação mais eficaz com os clientes, promovendo maior interação em todas as etapas do negócio e realizando uma ação intensa de marketing.

Quando se observa mais atentamente as ações de uma empresa é possível notar que a aquela que investe nas tecnologias colaborativas com o firme propósito de conquistar seu público interno e externo está bastante à frente da concorrência. Trata-se de investir numa abordagem mais sofisticada, buscando envolver funcionários, clientes, parceiros de negócio, fornecedores e até mesmo a população do entorno num projeto mais ousado.

Para tanto, conhecer e lançar mão das novas tecnologias de uma forma ordenada é o primeiro passo. O uso da web 2.0 começa no básico: site com excelente nível de navegabilidade, ferramentas de busca, intranet e canal eficiente de comunicação com o cliente.

Mas é possível investir numa dúzia de recursos que fazem diferença na qualidade do relacionamento interpessoal. É o caso dos blogs – que têm a virtude de desierarquizar a informação dentro do ambiente corporativo, cativando também o meio externo –, da presença nas mídias sociais (Orkut, Facebook, YouTube, Twitter, LinkedIn, Plaxo etc.), dos grupos de discussão, das mensagens instantâneas, do treinamento online, dos chats, VoIP (voz sobre IP), feed RSS, Wikis e mais.

Se estar mais visível e disponível, ao menos virtualmente, nos remete a claros ganhos em termos de imagem e marketing, há quem ainda não compreenda o alcance das tecnologias colaborativas quando usadas no ambiente interno. Imagine só: alguém pode postar no blog corporativo o anúncio de um evento. Por exemplo, uma palestra sobre qualidade de atendimento ao cliente de determinado segmento. O anúncio ainda diz que ela será proferida por um especialista no assunto. Pois bem. No mesmo ambiente (blog), é possível incluir um vídeo de treinamento sobre os serviços prestados a esse tipo de cliente.

Também pode haver um material que fale mais sobre os clientes desse setor, com missão e objetivo. Dado que os colaboradores podem se inteirar sobre o tema e as empresas envolvidas, é interessante incluir um feed RSS que remeta a links e conteúdos do palestrante.

Nesse cenário, quem comparecer ao evento já estará bem informado e preparado para tirar o máximo proveito do assunto, solucionando suas principais dúvidas sobre o tema. Durante a palestra, poderá se valer de mensagens instantâneas ou twitter – por exemplo – para repassar informações preciosas para os colegas que por algum motivo não puderam comparecer. Até mesmo seus amigos – e seguidores de todos os tipos – poderão aproveitar o conteúdo. A propósito, quando sentir que está dominando o assunto, o mesmo colaborador poderá lançar mão do wiki (interno ou universal) para acrescentar todo o tema apreendido, favorecendo assim a multiplicação da informação.

Dois terços dos mais de três mil altos executivos norte-americanos ouvidos pela McKinsey em 2010 responderam já se consideram empresas 2.0 e que pretendem investir ainda mais em tecnologias colaborativas – o que prova os ganhos percebidos e efetivos. No Brasil, começa a crescer o número de empresas que estão investindo nesses recursos de comunicação e marketing. A perspectiva é promissora.

Fabio Dal Colletto é engenheiro elétrico pela Escola Politécnica (USP) e gerente da Unione Outsourcing, braço da empresa Unione que concentra serviços de alocação de mão de obra especializada, desenvolvimento de sistemas, suporte a aplicativos e infraestrutura.
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Azeite: 10 verdades que você deve saber sobre ele

Ele é bem-vindo nas refeições e faz bem à saúde, mas é preciso alguns cuidados no consumo 

Por Letícia Gonçalves

Chamado de "ouro líquido" pelos mediterrâneos, o azeite está no ranking de alimentos essenciais ao cardápio de quem quer uma vida mais saudável. Rico em ácidos monoinsaturados, vitamina E e antioxidantes, ele ajuda em doenças cardiovasculares, previne o envelhecimento precoce, serve como lubrificante do intestino e ainda dá uma mãozinha no combate ao câncer. Como na Páscoa esse alimento está mais presente à mesa, regando os pratos à base de peixes, procuramos esclarecer alguns mitos relacionados ao modo de consumir e aos benefícios. Confira:

1. O azeite ajuda a emagrecer.
Verdade, desde que seja utilizado em uma dieta balanceada e em quantidade moderada. O mais correto seria dizer que o azeite ajuda a manter o peso, ou seja, a não engordar. "É totalmente possível incluir o azeite de forma saudável na alimentação e não afetar o peso. O segredo está no equilíbrio", afirma a nutricionista Alice Carvalhais, responsável pelo Programa de Longevidade e Nutrição Geriátrica do Instituto Mineiro de Endocrinologia. Há também um estudo publicado na revista Diabetes Care, da Associação Americana de Diabetes, que apontou que a ingestão diária de uma quantidade mínima do alimento contribui para evitar a formação de gordura na região da barriga.

2. Posso comer azeite à vontade.
Mito! Ele também é calórico. "O azeite é um óleo e possui muitas calorias como qualquer outro óleo", explica a nutricionista Alice Carvalhais. O exagero nunca é bem-vindo, mesmo os alimentos mais saudáveis. Duas colheres de sopa de azeite por dia é a quantidade máxima recomendada, o equivalente a aproximadamente 178 calorias. Mais que isso é correr o risco de ganhar alguns quilos extras.

3. Azeite composto também traz os mesmos benefícios que o azeite comum.
Mito. O composto geralmente é misturado com outros tipos de óleos que são mais ricos em gorduras saturadas, prejudiciais para o organismo se consumidas em excesso. "Em alguns desses produtos compostos, somente 10% é azeite", alerta a nutricionista Alice. Esses óleos também são mais calóricos e não trazem tantos benefícios para o organismo como o azeite traz. 

4. Esquentar o azeite tira suas propriedades.
Verdade. Muitas de suas propriedades oxidam na presença do calor e da luz. De acordo com a nutricionista Fabiana Sigrist, do Hospital Bandeirantes, o azeite aguenta uma temperatura de até 175ºC. "Acima desse ponto, ele forma compostos voláteis e vira uma substância tóxica ao organismo", conta a especialista. Se consumido nessas condições em grandes quantidades, pode provocar irritação da mucosa gastrointestinal e diarreia. O ideal é colocá-lo depois que os alimentos já foram preparados.

5. Azeite é melhor que óleo de soja.
Verdade. O azeite extra-virgem é o melhor de todos os óleos, tanto de soja quanto de canola ou girassol. O motivo é a grande quantidade de gordura monoinsaturada. "Nosso organismo precisa de gordura, principalmente para absorver algumas vitaminas lipossolúveis - como A e E -, e a gordura monoinsaturada é a mais saudável, atuando na prevenção de problemas cardiovasculares", esclarece a nutricionista Fabiana Sigrist. O azeite só perde no momento de ser utilizado em frituras, por não poder ser aquecido até altas temperaturas. Nesses casos, Fabiana indica o óleo de soja como o melhor, pois consegue ficar até 240ºC sem formar compostos tóxicos.

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6. Azeite de oliva e azeite de dendê tem os mesmos benefícios.
Mito. Eles são totalmente diferentes, em benefícios, sabor e cor. O azeite de dendê é altamente calórico e possui bem mais gordura saturada ao ser comparado ao de oliva. A única vantagem do tradicional ingrediente baiano é a quantidade maior de vitamina A, importante para a visão. Nos demais benefícios, o azeite de oliva é o campeão. 

7.  Azeite é como vinho: quanto mais velho, melhor.
Mito. O azeite é melhor quando mais novo. "Muitas de suas propriedades são termo e fotossensíveis, ou seja, oxidam-se na presença de calor e luz", adverte a nutricionista Alice Carvalhais. Por isso, fique atento à data de validade e evite deixar o azeite perto do fogão na hora de cozinhar, para evitar que ele se aqueça e perca parte de suas propriedades. 

8. Azeite não refinado ou virgem é melhor.
Verdade, mas a vantagem não está no sabor ou na cor. O azeite extra-virgem possui maior quantidade de polifenóis, que são antioxidantes que contribuem para regular o nível de colesterol no sangue e evitar problemas no coração. Mas tanto o refinado quanto o virgem apresentam as gorduras monoinsaturadas, que também são benéficas para o órgão cardíaco. 

9. Ajuda a combater o câncer e regular o colesterol.
Verdade. Os grandes responsáveis por prevenir o câncer são os antioxidantes presentes no azeite, principalmente os ácidos graxos (gordura monoinsaturada). Segundo a nutricionista Fabiana Sigrist, a atuação é na parte anti-inflamatória: "Os ácidos graxos contribuem para que a pessoa tenha menos processos inflamatórios, que podem estar relacionados a alguns tipos de câncer". No caso do colesterol, a gordura monoinsaturada também melhora os níveis de gordura no sangue, ao aumentar o colesterol LDL e diminuir o LDL.

10. Consumir azeite estimula o cérebro.
Verdade. Uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, indicou que alimentos ricos em antioxidantes - como o azeite - são capazes de estimular e auxiliar o cérebro contra sua degeneração. Após cinco anos de análise, de mais de 160 pesquisas, os especialistas constataram que existe uma influência positiva entre os componentes moleculares dos nutrientes e os mecanismos que mantêm a função mental do cérebro. 

sábado, 23 de abril de 2011

MBA: 7 conselhos para se preparar para o GMAT

Identificar dificuldades, aproveitar os recursos da web e praticar entre dois ou seis meses são algumas das recomendações dos especialistas

Por Mariana Osorio, MBA.AmericaEconomia.com

Você está decidido a tentar um MBA? Então deve saber que, além de contar com um bom histórico acadêmico, experiência profissional e um nível aceitável de inglês, em muitas escolas deve se submeter ao Graduate Management Admission Test, mais conhecido como GMAT.

Trata-se de um teste tão complexo que acaba sendo o mais temido por quem postula um MBA, segundo levantamento realizado em 2009 pela consultoria Effective English Advisers.

Em que consiste?
O GMAT mede o raciocínio numérico e verbal dos candidatos e suas habilidades de análise por escrito. O exame avalia unicamente as capacidades analíticas do postulante, e não seus conhecimentos sobre a área econômica ou de negócios, nem competências administrativas.

No primeiro item do teste (que é composto de três partes), a pessoa deve enfrentar uma seção de redação argumentativa: a Analytical Writing Assessment (AWA), em que deve redigir dois ensaios. Em um deles, o estudante deve analisar um argumento, e no outro, um tema.

A segunda seção é a Quantitative Section. Aqui avalia-se aritmética, álgebra e geometria, em um formulário de múltiplas escolhas.

A parte matemática e lógica, segundo o norteamericano Stephen Buchanan, dono da consultoria Educonsul, não é tão difícil para os que seguiram, por exemplo, carreiras de Engenharia, e assegura que nessa parte os recém saídos da universidade se dão melhor. "É o único ponto positivo no processo para quem não tem experiência profissional", assinala.

A terceira e última parte, chamada Verbal Section, avalia o nível de inglês, através de exercícios de leitura compreensiva, raciocínio crítico e correção de orações. "O exame é difícil inclusive para nativos de países que falam inglês, e, logicamente, os latinos o temem bastante", assegura Buchanan.

No total, o teste tem uma duração de três horas e meia, com 40 minutos de descanso (dois intervalos de 20 entre as seções).

"O GMAT é um requisito obrigatório para entrar nas escolas de negócios mais prestigiadas do mundo", afirma Buchanan. Há algumas que aceitam outros exames ou criam seus próprios, mas o GMAT é o mais reconhecido e aceito internacionalmente.

Como se preparar?
1 – Perca o medo
O GMAT é um simples exame, e você não vai apostar a vida nele. Além do mais, pode fazê-lo até cinco vezes ao ano.

2 – Avalie-se
É importante identificar quais seus pontos fracos. "Assim é possível detectar que temas e exemplos o ajudaram a melhorar nesses qusitos", afirma o diretor de admissões da espanhola IE Business School, Julián Trigo.

Para testar-se no exame, a consultoria Kaplan disponibilizou uma prova gratuita na internet.

Buchanan recomenda focar nas dificuldades, mais que em potencializar os pontos fortes, já que o teste é adaptativo. Ao passo que ele vai sendo respondido, o computador vai formulando as perguntas e define o nível de cada pessoa. "O primeiro terço do exame é determinante. Por isso, as cinco primeiras perguntas têm que ser respondidas corretamente", adverte.

3 – Aproveite os recursos disponíveis
No site oficial do GMAT, há vários recursos disponíveis para download. Por exemplo, muito úteis são o GMAT Preparation Sofware ou as guias oficiais para preparar o exame, que compilam perguntas já realizadas em exames anteriores, muitas dasquais – segundo Buchanan – se repetem nas novas versões. No Test-Taking Strategies, também é possível ver algumas dicas para realizar o exame.

4 – Busque ajuda
Se está dentro da suas possibilidades investir em um curso de preparação, faça-o. É uma boa forma de manter a motivação para os estudos.

"É fundamental entender a estrutura e o formato do GMAT. Melhorar a pontuação e rentabilizar ao máximo as horas de preparação é muito mais fácil se estudarmos com instituições que se dedicam a isso, ou com pessoas que tenham obtido altas pontuações no exame", afirma Trigo.

5 – Pratique, pratique e pratique
Trigo afirma que o GMAT é um exame que requer um treinamento intensivo e a pessoa deve se submeter constantemente a todo tipo de pergunta. "As perguntas que, a princípio, podem parecer muito difíceis, vão pouco a pouco parecendo mais fáceis. Ensaiar e ensaiar nos leva a adquirir mais segurança, portanto, gerar menos estresse e finalmente ser muito mais efetivo na luta contra o tempo", afirma.

6 – Dedique tempo à preparação
Para adquirir os conhecimentos básicos necessários, segundo Buchanan, são necessárias de quatro a seis semanas. Mas, para assegurar-se de um bom resultado, o trabalho deve ser de dois a seis meses.

7 – Descanse, mas fique atento
Para o dia do exame, afirma Trigo, o mais importante é chegar descansado. Durma oito horas e evite comidas muito pesadas na noite anterior. Assim, evitará a acidez e outros problemas que podem afetar seu rendimento.

Não esqueça coisas importantes, como levar sua identificação com fotografia, porque sem ela não estará autorizado a prestar o exame. Também é conveniente que leve anotados os códigos das escolas para as quais pretende enviar os informes da sua pontuação.

Se você perde a concentração facilmente, pode pedir fones de ouvido para "ouvir o silêncio" durante o exame.

Sente-se preparado? Se está, não perca tempo. Busque seu centro mais próximo e agende uma hora. Se não está, comece a praticar.

MBA.AmericaEconomia.com

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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Apesar de vocês

A busca contínua de sentido para a vida é o caminho para prosseguir adiante, suplantando barreiras e superando obstáculos.

Por Tom Coelho 

"Quem tem um porquê suporta qualquer como." (Viktor Frankl)


Emmanuelle Garrido tem formação em Direito e ocupa cargo de chefia. Apesar de ser deficiente visual desde os seis meses de idade.

Monique Romano é gerente comercial e conseguiu superar uma grave crise financeira em sua empresa. Apesar da queda expressiva nas vendas ocorrida em determinado período.

Giselle Dellatorre trabalha para melhorar a qualidade de vida de crianças portadoras de doenças reumáticas. Apesar da falta de incentivo governamental.

Rodney Santos comemorou, no dia em que escrevi este artigo, aniversário de cinco anos de sua maior vitória pessoal: a vitória pela vida, após superar um câncer. Apesar do pessimismo de muitos, anos atrás.

Todos os nomes mencionados são de leitores, hoje amigos, com os quais me correspondo. Não são celebridades, não participam de reality shows, não receberam heranças ou facilidades. São pessoas diferentes porque decidiram enfrentar a mediocridade, o pessimismo, a negligência.

É comum nos abatermos diante das dificuldades. E superdimensioná-las. Nossos problemas são sempre mais relevantes do que os dos outros. Contratempos revestem-se de tragédias. Sentimo-nos incapazes, impotentes, injustiçados.

A frase que introduz este texto é do psiquiatra e psicólogo austríaco Viktor Frankl, criador da logoterapia, segundo a qual o desejo de encontrar um significado para a vida é a motivação básica do comportamento de um indivíduo. Estabelecer e perseguir um objetivo trilhando o próprio destino é aspecto mais relevante do que satisfazer instintos e aliviar tensões, como sustenta a psicanálise convencional.

Frankl pertencia à corrente judaica socialista marxista, a classe de judeus mais odiados por Hitler. Passando por quatro campos de concentração entre 1942 e 1945, perdeu os pais, a esposa e um irmão, sofrendo com os maus tratos e a fome. Mas sobreviveu, por seus princípios e por seus propósitos.

Teorizando a partir de suas observações e sua própria experiência, Frankl observou que um indivíduo pode encontrar um sentido para sua vida a partir de três vias (com base nos escritos do filósofo Rubem Queiroz Cobra):

1 - Criando um trabalho, realizando um feito notável ou sentindo-se responsável por terminar um trabalho que depende fundamentalmente de seus conhecimentos ou de sua ação. Aqui poderíamos relacionar as contribuições de personalidades como Pasteur, Einstein e Bohr, entre outros.

2 - Experimentando um valor, algo novo, ou estabelecendo um novo relacionamento pessoal. Esse é o caso de uma pessoa que está consciente da responsabilidade que tem em relação a alguém que a ama e espera por ela. O amor incondicional de uma mãe por um filho exemplifica essa tese.

3 - Pelo sofrimento, suportando as amarguras inevitáveis diante da consciência de que a vida ainda espera muito de sua contribuição em relação às demais pessoas, como aconteceu com o próprio Frankl.

Nestes três casos, a resposta do indivíduo deixa de ser a perda de tempo em conversas e meditação, e se torna a ação correta e a conduta moral objetiva.

Tenho visto empresas que produzem e geram empregos, apesar dos juros elevados, da carga tributária indecente, da indisponibilidade de linhas de crédito.

Tenho visto profissionais que são promovidos, apesar de uma formação acadêmica deficitária, da ausência de um MBA ou da fluência em outro idioma.

Tenho visto pessoas que praticam ações filantrópicas, levando consigo o carinho do olhar, o calor do abraço e o conforto da palavra, apesar de pessoalmente não necessitarem disso.

Tenho visto casais que se reconciliam e amantes que se saciam, apesar das divergências e da eventual discórdia.

Aprecio muito o conceito de resiliência, a capacidade de superar adversidades. E meu amigo Roberto Ambrósio presenteou-me com uma metáfora sobre o boxe, um esporte duro e violento que nos lega de forma muito especial o conceito de assimilação.

Um boxeador toma um direto de direita e assimila, bem ou mal, o choque sofrido. Assimilar é tornar-se semelhante a. Como se o golpe passasse a ser uma parte da própria pessoa, modificando-a externa e internamente. O boxeador sofre, baqueia, devolve a energia potencial em forma de persistência (permanecer em pé), ou em forma de contragolpes defensivos, mas acima de tudo aprende enquanto assimila. Aprende que a guarda deveria estar mais alta, que a esquiva deveria ocorrer um décimo de segundo antes. Aprende com a dor e aprende sozinho.

Também tenho aprendido a oferecer menos resistência aos sacrifícios impostos, a suportar melhor as dificuldades, a ser mais tolerante. E a encontrar um sentido para a vida. Apesar dos que a tudo isso se opõem.

* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de "Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional", pela editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Pesquisa sobre população com diploma universitário deixa o Brasil em último lugar entre 36 países

Os números se referem a 2008 e indicam que apenas 11% dos brasileiros entre 25 e 64 anos possuem diploma universitário

Agência Brasil

Brasília – Para concorrer em pé de igualdade com as potenciais mundiais, o Brasil terá que fazer um grande esforço para aumentar o percentual da população com formação acadêmica superior. Levantamento feito pelo especialista em análise de dados educacionais Ernesto Faria, a partir de relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), coloca o Brasil no último lugar em um grupo de 36 países ao avaliar o percentual de graduados na população de 25 a 64 anos.

Os números se referem a 2008 e indicam que apenas 11% dos brasileiros nessa faixa etária têm diploma universitário. Entre os países da OCDE, a média (28%) é mais do que o dobro da brasileira. O Chile, por exemplo, tem 24%, e a Rússia, 54%. O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, disse que já houve uma evolução dessa taxa desde 2008 e destacou que o número anual de formandos triplicou no país na ultima década.

"Como saímos de um patamar muito baixo, a nossa evolução, apesar de ser significativa, ainda está distante da meta que um país como o nosso precisa ter", avalia. Para Costa, esse cenário é fruto de um gargalo que existe entre os ensinos médio e o superior. A inclusão dos jovens na escola cresceu, mas não foi acompanhada pelo aumento de vagas nas universidades, especialmente as públicas. " Isso [acabar com o gargalo] se faz com ampliação de vagas e nós começamos a acabar com esse funil que existia", afirmou ele.

Costa lembra que o próximo Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece como meta chegar a 33% da população de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior até 2020. Segundo ele, esse patamar está, atualmente, próximo de 17%. Para isso será preciso ampliar os atuais programas de acesso ao ensino superior, como o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que aumentou o número de vagas nessas instituições, o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece aos alunos de baixa renda bolsas de estudo em instituições de ensino privadas e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), que permite ao estudantes financiar as mensalidades do curso e só começar a quitar a dívida depois da formatura.

"O importante é que o ensino superior, hoje, está na agenda do brasileiro, das famílias de todas as classes. Antes, isso se restringia a poucos. Observamos que as pessoas desejam e sabem que o ensino superior está ao seu alcance por diversos mecanismos", disse o secretário.

Os números da OCDE mostram que, na maioria dos países, é entre os jovens de 25 a 34 anos que se verifica os maiores percentuais de pessoas com formação superior. Na Coreia do Sul, por exemplo, 58% da população nessa faixa etária concluiu pelo menos um curso universitário, enquanto entre os mais velhos, de 55 a 64 anos, esse patamar cai para 12%. No Brasil, quase não há variação entre as diferentes faixas etárias.

O diagnóstico da pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e especialista no tema Elizabeth Balbachevsky é que essa situação é reflexo dos resultados ruins do ensino médio. Menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos está cursando o ensino médio. A maioria ou ainda não saiu do ensino fundamental ou abandonou os estudos. "Ao contrário desses países emergentes, a população jovem que consegue terminar o ensino médio no Brasil [e que teria condições de avançar para o ensino superior] é muito pequena".

Como 75% das vagas em cursos superiores estão nas instituições privadas, Elizabeth defende que a questão financeira ainda influencia o acesso. "Na China, as vagas do ensino superior são todas particulares. Na Rússia, uma parte importante das matrículas é paga, mas esses países desenvolveram um esquema sofisticado de financiamento e apoio ao estudante. O modelo de ensinos superior público e gratuito para todos, independentemente das condições da família, é um modelo que tem se mostrado inviável em muitos países", comparou ela.

A defasagem em relação outros países é um indicador de que os programas de inclusão terão que ser ampliados. Segundo Costa, ainda há espaço – e demanda – para esse crescimento. Na última edição do ProUni, por exemplo, 1 milhão de candidatos se inscreveram para disputar as 123 mil bolsas ofertadas. Elizabeth sugere que os critérios de renda para participação no programa sejam menos limitadores, para incluir outros segmentos da sociedade.

"Os dados mostram que vamos ter que ser muito mais ágeis, como estamos sendo, fazer esse movimento com muita rapidez porque, infelizmente, nós perdemos quase um século de investimento em educação. A história nos mostra que a Europa e outras nações como os Estados Unidos e, mais recentemente, os países asiáticos avançaram porque apostaram decididamente na educação. O Brasil decidiu isso nos últimos anos e agora trabalha para saldar essa dívida", disse a pesquisadora.

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Inovar para crescer

O grande desafio profissional da atualidade é criar novos produtos, serviços e processos capazes de facilitar a vida das pessoas.

 
"A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação envolve o mundo." (Albert Einstein)

Alguns mitos cercam o mercado de trabalho no sistema financeiro. Primeiro, nos tempos de inflação galopante, valorizava-se mais os executivos de finanças, pois eram responsáveis por grande parte do resultado das empresas. Segundo, as oportunidades profissionais eram maiores quando comparadas à atual concentração decorrente de fusões e aquisições. Terceiro, o sistema bancário ficou comoditizado, com pouco espaço para inovação.

Analisando sob este prisma, gerenciar a carreira pode tornar-se desestimulante. As possibilidades de crescimento parecem limitadas, e as iniciativas pessoais, restritas e inócuas. 

Vamos debater os mitos. É fato que bancos e companhias perderam a receita de floating e ações de tesouraria nestes mais de 15 anos de economia estável. Porém, tal como executivos em empresas tiveram que aprender a reduzir custos e buscar rentabilidade real em substituição aos ganhos com aplicações financeiras de outrora, também os bancos descobriram a lucratividade a partir da prestação de serviços.

Igualmente é verdade que a globalização incentiva a formação de novos conglomerados. Mas se temos a impressão de que há menos empresas para trabalhar, também dispomos da oportunidade ímpar de atuar em organizações transnacionais com chances de uma experiência internacional.

Por fim, atualmente produtos, serviços e pessoas estão cada vez mais semelhantes. Mas há um universo inimaginável de possibilidades de inovação. Se durante o período inflacionário alguém inventou a "conta remunerada", qual será o produto atraente que você criará num cenário de estabilidade? Quais suas propostas para melhoria no atendimento, este grande fator de diferenciação capaz de conquistar e fidelizar clientes?

O crescimento profissional passa pelo desenvolvimento de competências técnicas (formação acadêmica, fluência em outros idiomas, administração do tempo, negociação), comportamentais (iniciativa, comprometimento, ousadia, determinação, resiliência), relacionais (liderança, empowerment e trabalho em equipe) e valorativas (integridade, pluralidade, ética). Entre estas e tantas outras, destaca-se a criatividade.

Criar novos produtos, serviços e processos capazes de facilitar a vida das pessoas, conquistando mercados e ampliando a lucratividade. Compreender o novo perfil das demandas pessoais e a dinâmica do mundo corporativo. Usar a velocidade e a capilaridade da comunicação em rede e contemplar o imperativo da sustentabilidade. Estes são os grandes desafios profissionais da atualidade.

A pergunta final é: dentro deste contexto, como você vai construir seu futuro?

Autor: Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Marcas aumentam verba para mídia social

Entre as marcas que mais trabalharam para se solidificar no ambiente diugital estão Old Spice (escolhido por 15%), Pepsi (8%), Starbucks (7%) e Ford (6%)
 
Os investimentos em mídia social devem experimentar um salto expressivo este ano. Estudo realizado mundialmente pela Effie Mashable aponta que 70% das grandes marcas pretendem ampliar a verba em ferramentas sociais em mais de 10%. 

Segundo o Mashable, um grupo de executivos de agências ligados a anunciantes como Bank Of America, Colgate-Palmolive e Mini Cooper diz que o objetivo publicitário principal é focar investimentos no Facebook.
As previsões são otimistas: eles pretendem equiparar o montante investido nas mídias sociais (11,9%) com o que vai para a TV (13%). Se isso acontecer o salto será grande, pois, no ano passado, a TV recebeu verba de US$ 68,7 bilhões frente aos US$ 26 bilhões da internet.

Entre as marcas que mais trabalharam para se solidificar no ambiente diugital estão Old Spice (escolhido por 15%), Pepsi (8%), Starbucks (7%) e Ford (6%). A mesma enquete revela que 87% dos executivos consideram que a comunicação via redes sociais foi "importante" ou "muito importante" para atingir as metas anuais.


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2011, um ano de oportunidades: você está preparado para agarrá-las?

Pesquisa aponta que contratações crescerão e desenvolvimento de talentos mudará ao longo deste ano
Infomoney

Como resultado de medidas que foram tomadas nos últimos três anos, muitas organizações reestruturaram suas operações e se consideram prontas para seguir em um cenário de crescimento neste ano. A conclusão consta em uma pesquisa da consultoria especializada em gestão de talentos e carreira Right Management, que ouviu associados em seus escritórios em mais de 50 países.

De acordo com a consultoria, o crescimento será influenciado por quatro tendências principais: o desenvolvimento da força de trabalho, o bem-estar como prioridade por meio do uso da tecnologia, a capacitação de pessoas, além do trabalho virtual e novas formas de construir confiança.

Desenvolvimento da força de trabalho
Segundo a pesquisa, 84% dos empregados consideram aceitar novas oportunidades de emprego em um cenário de melhora da economia. Esse número era de 60% na pesquisa realizada em 2009.

A pesquisa também aponta que os funcionários estão mais insatisfeitos e infelizes no trabalho. Três em cada quatro relataram que trabalham mais de quarenta horas semanais, com frequência. Quase 20% dizem que raramente confia nos seus gerentes para as melhores decisões e 57% confiam ocasionalmente

Uma das formas de resolver esse problema, segundo a pesquisa, é fornecer aos profissionais oportunidades no desenvolvimento da carreira, valorizando os indivíduos e mostrando essa valorização de cada um dentro do sucesso da organização.

Para a diretora de Desenvolvimento da Right Management Brasil, Márcia Palmeira, no Brasil, essa realidade é ainda mais presente. “Temos percebido o movimento das empresas no sentido de integrar as pessoas na estratégia do negócio, compartilhar projetos e inseri-las nos projetos das corporações, isso em todos níveis hierárquicos. O mercado brasileiro está muito aquecido e quando falamos de estar satisfeito, temos que pensar que os profissionais devem estar engajados com a empresa e com a sua própria atividade”, analisa.

Para que a empresa alcance o grau desejado desse engajamento, Márcia acredita que os funcionários devem entender a contribuição que eles estão dando para o futuro da corporação. “O ponto mais importante é que exista essa identificação da contribuição dada na empresa, os valores pessoais linkados com os valores da corporação e que o profissional vislumbre possibilidades de crescimento, não apenas salarial, mas de carreira”, explica Márcia.

    Geoffrey Holman/ iStockPhoto    
       
    Vencer essa competição por talentos
demandará atender diferentes necessidades
e expectativas de uma força de trabalho cada
vez mais diversificada 
   

Capacitação de pessoas
De acordo com o levantamento, 56% de funcionários, gerentes ou superiores já foram abordados para discutir oportunidades de trabalho por outras empresas. A avaliação da pesquisa é que, para acelerar o crescimento, as organizações tentarão preencher as lacunas de talentos com remunerações seletivas - trazendo vantagens especiais para talentos do mercado.

“O que deve ser pensado é que capacitação não é uma ação instantânea. A preparação deve ser pensada com o olhar voltado para o futuro, uma estratégia de longo prazo, formando os profissionais já pensando no papel que eles terão na organização daqui a algum tempo”, orienta Márcia.

A consultora lembra que mesmo que a capacitação e formação de talentos dentro das companhias seja um processo oneroso, ainda é muito mais eficiente e acessível do que ter que buscar esses profissionais qualificados no mercado de trabalho posteriormente. Claro que também é mais trabalhoso, porque é necessário conhecer as competências e anseios de cada um dos profissionais da equipe, mas compensa”, analisa a diretora de desenvolvimento da Right Management Brasil.

Bem-estar como prioridade por meio do uso da tecnologia
Segundo o levantamento, funcionários de 25 a 35 anos são os mais abordados por outras empresas. A análise da Right é que vencer essa competição por talentos demandará atender diferentes necessidades e expectativas de uma força de trabalho cada vez mais diversificada.

“É inevitável falarmos da geração Y nesse contexto. As pessoas que nasceram nesse mundo virtual têm outras formas de comunicação, e precisamos nos habituar a essa realidade. Para isso, é importante transformar a tecnologia existente em benefícios para os próprios profissionais, em questões como sua rotina e sua satisfação com a atividade”, alerta Márcia.

A análise da Right é que os profissionais buscam flexibilidade em relação a como, quando e onde trabalham, além de oportunidades relevantes no avanço de suas carreiras. A análise é que uma força de trabalho saudável e feliz tem melhor desempenho dentro da organização.

Trabalho virtual e novas formas de construir confiança
Setenta e cinco por cento dos funcionários relatam que algumas atividades de sua empresa já são realizadas virtualmente, e 45% preveem um aumento dessas tarefas em 2011. A conclusão da pesquisa é que as inovações tecnológicas já estão oferecendo uma nova realidade em muitos locais de trabalho.

“Já temos previsões que em algumas regiões de São Paulo, o deslocamento deve se tornar praticamente inviável daqui a três anos. A questão da flexibilidade, do trabalho através da internet e da comunicação virtual já está presente na realidade. Além do custo envolvido no deslocamento, existe uma questão de satisfação pessoal. É um processo inevitável”, avalia Márcia.

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"A Oportunidade é uma dama altiva, pois não perde tempo com os despreparados." [Autor desconhecido]

Lições de inovação: aprenda com a Apple a fazer diferente

Professor do IMD (Suíça) aponta ações que deram à empresa de Jobs o status de mais inovadora do mundo e mostra como elas podem servir de exemplo para você

Por Bill Fischer, Especial para a Revista Administradores

Devido às mudanças na economia mundial e ao aumento da concorrência, parece que a última tendência em consultoria estratégica instintiva para as empresas é tornar-se "mais inovador". No entanto, ser mais inovador não é tão fácil. O mercado mundial está repleto de carcaças corporativas de empresas que aspiravam à inovação. Grandes organizações como a Digital Equipment, Pan American Airlines e Polaroid, líderes inovadores em suas indústrias durante bastante tempo, já não existem, em grande parte devido à incapacidade de sustentar avanços tecnológicos.

Há mais de uma década, a Apple é considerada a empresa mais "inovadora". iPhones, iPods e iPads modificaram não só o mercado, mas a maneira com que vivemos. O iPod detonou a produção e distribuição de CDs e sacudiu a rádio com os podcasts. É realmente uma história de sucesso de inovação e levou apenas oito meses, do início ao fim. Claramente, há muito para apreender.

Motiva-se com os erros

A Apple não pensava em música portátil no fim do século 20. Na era do mp3 e compartilhamento peer-to-peer, estava focada em vídeo e no desenvolvimento do iTV e do iMovie – tanto que seu iMac na época não tinha sequer gravador de CD. Na verdade, ignoraram completamente o mercado da música. A empresa mais inovadora do mundo estava literalmente cega a uma das maiores tendências sociais daquele momento! No entanto, previsões financeiras fizeram com que percebessem a necessidade de mudar sua abordagem ao mercado e à tecnologia.

Dada sua reputação para a inovação e tendências, a incapacidade de prever a importância da música na vida dos usuários de computadores pessoais foi completamente atípica, mas uma perda de US$ 195 milhões no trimestre os motivou a repensar a maneira com que se inseriam no mercado. A Apple não só aprendeu com seu erro, mas o usaram como 'catapulta' para a inovação.

Busque habilidades

Então, se você é a Apple, como você se recupera? A maioria dos livros de gestão de equipe recomenda: "contrate atitude, ensine habilidades". Este modelo propicia um ambiente de trabalho harmonioso e colaborativo. No entanto, no mundo da inovação, aspirações e atitudes não são suficientes. Na situação em que se encontrava, a Apple precisava de habilidades reais e, assim, quando Steve Jobs formou a equipe do iPod, ele agrupou os melhores em hardware, software e design. Estes tinham a missão de mudar o mundo; acirrando o espírito competitivo e atingindo altíssimos níveis.


Ilustração: José Maia/ Montagem: Administradores.com.br
Quando se fala de Apple, fala-se de Steve Jobs. Ele é uma figura importantíssima à
marca e às atitude da empresa. 

Repare no alheio para se ter grandes ideias

O que realmente diferencia o iPod dos outros tocadores de mp3 não é o hardware, software ou o design – embora todos sejam ótimos. Seu verdadeiro destaque é a facilidade com que o cliente pode acessar, baixar, armazenar e carregar músicas e podcasts. Essa "inovação" não vem de dentro da Apple, mas de fora. Tony Fadell tentava desenvolver isto por conta própria e a empresa o encontrou e o contratou por oito semanas! Pense em como isso é difícil: encontrar alguém com uma boa ideia. Não era para construir uma relação a longo prazo, mas simplesmente para acessar uma boa ideia de outra pessoa.

Áreas criativas e inovadoras

Steve Jobs colocou a equipe em um espaço físico comum que, embora não condizente à hierarquia, fez com que os membros tivessem uma comunicação eficiente. O ambiente de trabalho tinha "muito pouco espaço pessoal" – não havia cubículos ou salas. Ao impor ambientes abertos, a criatividade e o fluxo livre de ideias foram incentivados.

Definir limites de liderança

Quando se fala de Apple, fala-se de Steve Jobs. Ele é uma figura importantíssima à marca e atitude da empresa. Então, qual seu papel no iPod? Depois de desenvolver uma equipe de primeira, Jobs lhes deu visões claras e ambiciosas. Ele cobrou a criação de um produto que colocaria 1.000 músicas em seus bolsos, com software tão simples que até suas mães poderiam usá-lo e uma oferta completa de produtos que estariam em pontos de venda dentro de oito meses. A beleza desses objetivos é que são simples, claros e precisos, mas abrangentes o suficiente que a equipe poderia trabalhar totalmente focada e livre ao mesmo tempo. Líderes inovadores devem fornecer um briefing claro que organize a equipe e que não restrinja suas capacidades.

Mesmo com a fama de se envolver nos projetos, Jobs realmente não interferiu muito no iPod. Ele foi perspicaz em montar uma equipe altamente qualificada e deixar que suas habilidades brilhassem. Porém, ao longo do caminho, ele agiu como policial e também cheerleader, impondo uma atitude que deixou os membros da equipe saberem que se a Apple tivesse sucesso, eles também teriam sucesso pessoal. Ele vigiou os parâmetros do projeto, garantindo a adesão da equipe às suas metas.

Pés no chão

Outro produto da Apple, o iPhone, está redefinindo a telefonia. No entanto, esta inovação foi uma ameaça à Apple quando um problema técnico afetou a qualidade do sinal. A resposta de Jobs mostrou sua verdadeira liderança: uma mensagem que corresponde à cultura da Apple – uma empresa que, repetidas vezes, mudou o mundo para melhor. Sua mensagem foi: "vamos resolver o probleminha do iPhone", e para seus concorrentes: "pegue-nos se for capaz".

A Apple continua inovando. O iPad promete revolucionar o setor editorial. Mais uma vez, Jobs viu uma oportunidade de cadeia de valor em um setor que, atualmente, está vulnerável às grandes mudanças e que usa tecnologias modernas, porém não revolucionárias. A empresa desenvolveu uma maneira inovadora de lucrar ao "religar" a experiência do consumidor de maneira que possam tecer uma nova cadeia de valores.

Bill Fischer - é professor de Gestão de Tecnologia do IMD, uma das principais escolas de negócios do mundo, localizada na Suíça. Ele dirigiu o programa Mastering Innovation Globally 2010, administrado em Hong Kong.
 

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Este artigo foi publicado originalmente na revista Administradores nº 0.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Os desafios do ensino a distância no país

Em entrevista exclusiva ao Portal Administradores, David Forli, coordenador do MBA Gestão Estratégica EAD USP, indica os caminhos do ensino nesse formato
Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br

David Forli, coordenador do MBA 
Gestão Estratégica EAD USP
O ensino a distância através da internet vem alcançando patamares jamais vistos. Através dessa modalidade, hoje, são mais de um milhão de estudantes em cursos regulamentados pelo MEC e a cada mês surgem mais opções no mercado. Só quem nem tudo são "flores" quando o assunto é educação a distância. 

Para entender os lados positivo e negativo dessa modalidade de ensino, a Revista Administradores elaborou uma grande reportagem sobre o tema na edição de Abril, decifrando os atuais problemas e os maiores benefícios do ensino a distância. Um dos entrevistados nessa investigação foi o professor da Universidade de São Paulo (USP), David Forli, coordenador do MBA Gestão Estratégica EAD USP, primeiro MBA a distância em gestão de negócios da Universidade. O professor analisou os desafios que esse formato ainda percorre, os pontos a serem melhorados e suas grandes vantagens. Confira a entrevista na íntegra:

1 - Como você percebe a aceitação do mercado de trabalho para alunos com formação a distância?

Na verdade há ainda uma grande dúvida a esse respeito, os educadores de instituições precipuamente presenciais buscam apontar defeitos nos programas EAD e apontá-los, algumas vezes de modo até intransigente. A verdade é que no último ENADE um grande contingente de cursos teve média de alunos em EAD superior a média dos alunos presenciais (Administração e Pedagogia são exemplos).

Quanto ao mercado, tendo em vista os headhunters com quem mantenho contato, não há um preconceito declarado dos contratadores por conta da modalidade, muitas vezes esse preconceito se dá em razão da reputação da instituição, em nosso caso, sendo a USP, a questão fica bastante elucidada.

2 – Quais as principais competências de profissionais com essa formação?

Estamos na sociedade do conhecimento, na era das organizações liquidas (que se misturam a outras delegando parte de suas atividades e assumindo outras), num momento onde a educação continuada é cada vez mais exigida e necessária.

O profissional formado por meio de estratégias EAD desenvolve essa competência nova, de atuar em rede, de compreender capacidades e oportunidades novas. Por ter se inserido numa modalidade nova de educação, demonstra aos empregadores um perfil inovador.

Creio que se há preconceito com a modalidade ele é fruto do desconhecimento, o novo em geral causa essa reação ao estabelecido, lembre-se que a gravadora Decca (que já não existe) disse aos Beatles, "não gostamos de seu som e a música de guitarra está acabando". Ao ser apresentada aos computadores portáteis a IBM disse "quem vai querer ter um computador em casa?"

3 - Você acredita que esse tipo de modalidade de ensino funciona para todas as áreas? Por exemplo, é possível imaginar uma graduação à distância de Medicina?

Eu acredito que a EAD tem uma grande, enorme aderência, às ciências sociais (Serviço Social, Administração, Pedagogia, Psicologia, Turismo, Filosofia...), onde há discussão de ideias e o aprendizado pela troca coletiva prevalece. Em alguns casos, o conteúdo a ser transmitido evidencia desafios inerentes, como a medicina que você menciona, cursos como este, Enfermagem, Engenharia que demandam práticas laboratoriais vão exigir novas adaptações de conteudistas e designers, reflita: como garantir, pela teoria e pela comunicação escrita, que uma nova prática foi assimilada?

Creio que ainda precisaremos de inovações tecnológicas que nos permitam avançar com mais segurança, contudo não vejo essa possibilidade como um futuro tardio e nem tão pouco distante. Indico aqui uma palestra que ocorreu no TED, uma organização que realiza eventos periódicos para atualizar o mundo com novidades de TI e formas de pensar. A palestra é ministrada por Pattie Maes do Media LAB do MIT, que em conjunto com seu aluno Parnav Mistri, criou um dispositivo para desenvolver uma espécie de "sexto sentido". Tendo em vista as possibilidades da EAD, dispositivos como esses podem revolucionar novamente a comunicação e certamente a EAD.

4 - Em sua opinião, quais são as maiores vantagens e desvantagens do EAD?

Dentre as vantagens eu destacaria a mobilidade e flexibilidade, que apesar de parecerem lugares comuns são efetivamente vitais na vida contemporânea, onde todos parecem estar sem tempo, há metodologias que permitem realizar atividades com uma grande janela de flexibilidade com o apoio contínuo da tutoria. Cabe acrescentar ainda a relação de individualidade com o saber, claro que os cursos sempre buscam incentivar a troca, a coletividade, mas a relação do aluno com os novos saberes se dá no plano individual e ele pode se apropriar destes novos saberes com a profundidade que lhe couber melhor.

Além disso, há sempre inúmeros links e oportunidades de ampliação do conhecimento, desse modo, para conteúdos que interessem mais ao aluno pode haver um aprofundamento personalizado segundo áreas de interesse.

O networking desenvolvido num ambiente acadêmico a distância não depende da empatia física. Especialistas no assunto reconhecem que bons contatos deixam de ser realizados por uma determinada pessoa "parece meio de mau humor" ou que aparentem qualquer sentimento negativo como tédio, má vontade, ocupação, estresse... enfim todos estes sentimentos são na verdade preconceitos que desenvolvemos em relação a quem não conhecemos. Os relacionamentos desenvolvidos no ambiente acadêmico a distância não passam por esse filtro. Como disse John Guare "toda pessoa é uma porta que se abre para outros mundos" num MBA a Distância você abre diversas portas, em diversas cidades, em muitas empresas, para vários Mundos.

Nas desvantagens voltamos ao assunto networking, veja, há pessoas que simplesmente não conseguem desenvolver relacionamento via tecnologias EAD, elas até conseguem trocar algumas ideias, conversar, mas tem dificuldade em aprofundar o relacionamento. Outro ponto é a questão da disciplina, por mais que a metodologia do curso possa ajudar, algumas pessoas têm dificuldade em manter a rotina de atividades a distância e isso dificulta bastante sua participação no curso. De algum modo as desvantagens que menciono parecem apontar para o fato de algumas pessoas, tem dificuldade em se adaptar à modalidade EAD.

5 - Nos últimos anos houve uma verdadeira explosão de cursos, graduações e pós-grduações/MBA a distância. No entanto, nem todos primam pela qualidade e muitos não são reconhecidos pelo MEC. O que é preciso ser feito para que o surgimentos de cursos e instituições via EAD mantenham um padrão de qualidade?

Meu caro, esse é um ponto muito importante. Faço parte das comissões de avaliadores do MEC e creio que o MEC deve ampliar em muito a supervisão das instituições, acompanhar seus indicadores essenciais tais como a relação de alunos por tutor. Há instituições que trabalham com 1 tutor para cada 200 ou 300 alunos, eu já vi até 500, claro que não se pode garantir qualidade com um volume de alunos desse porte.

Deve-se examinar qual a carga de atividades exigida do aluno. Temos percebido que os bons cursos exigem ao menos uma hora e meia de dedicação diária dos alunos. Cursos formais (graduação e lato-sensu) com menos exigência do que isso são questionáveis. Pode-se fazer verdadeiros pactos velados de mediocridade nesse sentido, a instituição exige pouco, o aluno entrega pouco, ninguém reclama de nada e por consequência pouco se aprende.

6 - Além da fiscalização, existe algum outro fator que prejudica?

Considero ainda que haja muita liberdade metodológica. Creio que numa medida isso é bom, mas o MEC deveria avaliar a consistência metodológica das propostas pedagógicas das instituições, ou seja, qual a rotina mínima de atividades acadêmicas exigidas. Desse modo a instituição se obrigaria a penar nisso, o que vemos é que até há entrega de conteúdo, mas há poucos instrumentos de medição do aprendizado.

Tenho estimulado ainda maior abrangência do ENADE, constituindo-se de fato em um que é um censo da qualidade da educação superior, o ENADE tem muitos méritos, mas não deveria ser amostral, deveria ser obrigatório para todos os alunos e todos os cursos em todos os anos.